De Deleites Plágios Educativos |
Abriu a corrida aos plágios e às tretas, na sequência da misteriosa prova pública que dá um bilhete de entrada para o novo e misterioso concurso para acesso à categoria de professor titular.
Supostamente, a larga maioria dos professores está contra a divisão da carreira, contra o modelo-faz-de-conta de avaliação de desempenho, contra a ministra e os seus secretários de estado, e mais uma série de coisas. Mas, quer-me parecer que está quase tudo a mandar-se para a prova pública.
Porquê? Por causa do dinheiro, claro. Na nossa classe não há a desejada união, por causa do dinheiro. Se querermos ser, algum dia, uma classe unida, o caminho para lá chegar passará obrigatoriamente pelo dinheiro. O dinheiro que cai mensalmente na nossa conta, entenda-se.
Quanto ao bonito trabalho escrito que serve de base à prova pública, o que mais vai haver é plágios e tretas. Plágios de trabalhos de pós-graduações e mestrados, plágios de outros trabalhos, e tretas, muitas tretas. Quem já começou a fazer o seu – e vários colegas confessaram-me já terem o trabalho pronto -, ri-se das tretas que para lá largou, umas copiadas do colega do lado, outras tiradas da internet, outras muito inventadas entre duas gargalhadas. Até há trabalhos em conjunto, aproveitando o facto de as provas virem a ser defendidas em distritos diferentes.
A noção de que bastam umas quantas tretas cor-de-rosa por escrito e dois dedos de conversa fiada para arrumar a prova, parece generalizada.
Retirado do blogue "Pedro na Escola"
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