Prevê-se que alguns milhares de escolas vão desaparecer, por não ter os dez alunos necessários para se manter. Quem mais vai ter escolas a encerrar será o interior e as suas aldeias. A escola era um equipamento social de que as aldeias dispunham até há bem pouco tempo. Agora, há toda a uma série de processos de descapitalização evidente, que marcam e que, no fundo, agravam, penalizam e castigam a própria zona rural. Primeiro desapareceu o padre, passou a ser um padre para várias aldeias, agora desaparece a escola, em muitos sítios os correios encerraram e ou deixaram de chegar. Também encerram hospitais, maternidades, e outros serviços públicos. Muitas localidades antes servidas pelo caminho-de-ferro também viram desaparecer o comboio. O que resta à aldeia? Nada! Desaparecem os jovens por falta de oportunidades de trabalho, não existe investimento empresarial, o pouco comércio existente vai encerrando e os mais velhos vão ficando desamparados na sua solidão.
Há quem volte a falar na regionalização, mas regionalizar com quê? Regionalizar aonde? Só se for todo o Litoral onde as gentes se concentram, porque o interior ficou desertificado e só resta o vazio.
Este país passou para o Litoral e os sucessivos governos nada fizeram para o evitar…
Há quem volte a falar na regionalização, mas regionalizar com quê? Regionalizar aonde? Só se for todo o Litoral onde as gentes se concentram, porque o interior ficou desertificado e só resta o vazio.
Este país passou para o Litoral e os sucessivos governos nada fizeram para o evitar…