setembro 13, 2005

Uma farsa!.

Uma farsa!..
O ano lectivo iniciou e com ele as tão anunciadas mudanças que foram introduzidas nas escolas e na classe docente. Essas tão anunciadas mudanças assentaram principalmente em dois pontos a saber; ocupação dos furos dos alunos e maior carga horária nos professores com novas regras no alargamento da idade da reforma.
Quando se faz uma mudança nas escolas, seja uma reforma ou outro nome que lhe queiram dar, logo se diz, que é a favor dos alunos e para melhorar as suas aprendizagens. O princípio por que se regem é correcto a forma como o fazem e os meios para o atingirem é que não será tanto.
Sempre se disse, que a escola devia ser um local agradável em que os alunos se sentissem motivados e tivessem prazer nas suas aprendizagens.
Quem não se lembra de nos seus tempos de estudante, quando um professor faltava a alegria que era. Corria-se, jogava-se a bola uns contra os outros, jogava-se à macaca, brincava-se, saltava-se e até se faziam uns tpc que estavam esquecidos. Não me digam que isto não é socialização, o conviver uns com os outros sem serem obrigados a isso.
Agora, com a ocupação dos furos pelos professores desde que alguém falte, todos os alunos vão ser obrigados a não gozarem esse feriado e mesmo contrariados vão ter que estar dentro da sala. Com tantos inquéritos de opinião e de estudo que existem, será que quem tomou estas medidas auscultou o pulsar dos alunos? Já alguém perguntou aos alunos, o que eles pensam da ocupação dos furos? Pois é bom que façam isso e vejam a reacção deles! E não me venham dizer que são os alunos menos bons que dizem que os furos são como a ponta de sal na ementa das escolas, porque os bons alunos dizem o mesmo e se quisessem ser ocupados, livremente se dirigiam para as bibliotecas e centros de recursos existentes na escola.
Em suma, vamos ter alunos descontentes com este tipo de ocupação de aulas e professores com depressão porque os alunos vão-lhes criar nestes casos as condições para isso.
Quanto ao segundo ponto das tão anunciadas mudanças, os professores, levaram uma machadada nalguns direitos conquistados e nas suas expectativas. Duraram trinta anos a conquistar alguns direitos e cada conquista, com mais ou menos luta, era logo anunciada como uma vitória dos sindicatos. Os professores assim como qualquer classe profissional sindicalizavam-se porque julgavam ou viam nestes uns defensores da classe e dos direitos conquistados. Sempre se pensou e até os próprios sindicatos assim o julgavam, que quando se dava a palavra num acordo e depois era registado no papel, tinha a força de lei e para ser alterado tinha que haver condições especiais propicias para essa alteração, sendo negociado com os representantes.
Nada disto aconteceu…o homem chegou ao governo, fez gato-sapato dos sindicatos, passando por cima deles e mudou esses direitos conquistados e até o Estatuto da Carreira Docente.
Agora, eu pergunto, qual o papel dos sindicatos? Que podem eles prometer, se o que se conquista ao longo de anos pode logo ser alterado e sem a consulta dos principais implicados.
Imaginemos, que o homem quer o regresso à Idade Média e que todos os trabalhadores têm que trabalhar quinze horas diárias. Como se iria dizer ao homem que esse é um direito adquirido dos trabalhadores e tem largas dezenas de anos?
Esperemos que ele não se lembre desta…
Revela aqui, que não existe conquistas adquiridas por qualquer classe profissional e que o papel dos sindicatos como defensores de classe acabou…
Tem que se viver o dia-a-dia e as conquistas passam a ser de quatro em quatro anos conforme quem promete mais a nível de governo.
Quem não se lembra dos nossos governantes em directo na Tv a brindarem com os representantes dos sindicatos o acordo por eles negociado?
Afinal, era tudo uma farsa...
Ag

3 comentários:

Anónimo disse...

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