junho 20, 2005

100 Dias!


Quer se goste ou não, este governo de José Sócrates que fez 100 dias, foi o que maior coragem politica revelou até hoje, ao tentar pôr fim ao inacreditável conjunto de injustas regalias da nossa classe politica e até de outros órgãos de soberania.
Uma coisa é certa e aqui o mérito ninguém lhe tira, todos os portugueses ficaram a saber que a classe politica assim como certos portugueses de “1ª água”, têm regalias especiais por meia dúzia de anos de trabalho, por reintegração, subvenções vitalícias e outras coisas que dão muito dinheiro, enquanto o Zé povinho precisa de pelo de mais de 36 anos de trabalho só para ter uma reforma e se é despedido não tem subsidio de reintegração. É caso para perguntar! Que igualdade é esta? Porquê estas regalias?
Nestes 100 dias, este governo abriu várias frentes de batalha, agora resta-nos esperar para ver até onde vai e se não extravasa os limites do seu “poder”, porque as batalhas que se avizinham vão ser duras e todos têm direito a defender seus direitos, nem que para isso recorram à greve que também é um direito que assiste a todos num país democrático.
Todos reconhecem a coragem e reconhecerão o mérito a este governo enquanto as lutas forem dentro do campo democrático.
O que fica serão, 100 dias de ódios ou 100 dias de amores.
Ag

junho 18, 2005

Trabalhem formigas enquanto as cigarras gozam...

Sete mil empresas não entregaram o IRS retido

Finanças assumem ser crime de abuso de confiança fiscal, mas dão mais um mês...
A Direcção-Geral dos Impostos detectou que cerca de sete mil empresas não entregaram as verbas de IRS retidas aos seus trabalhadores durante o ano de 2003, no valor de 27 milhões de euros. Esta situação de retenção de IRS - tal como assume o Ministério das Finanças em comunicado ontem emitido - configura um crime de abuso de confiança fiscal. Mas, ainda assim, as Finanças decidiram notificar estes contribuintes faltosos e darem-lhes uma nova oportunidade de regularizarem a situação. O controlo da não entrega do imposto previsto é uma das prioridades em matéria de combate à fraude e evasão fiscal, tal como foi estabelecido pelo Plano Nacional de Inspecção Tributária, neste momento em fase acelerada de implementação no terreno.
Não cumpriram os prazos de entrega até hoje mas as Finanças decidiram dar mais um mês.
Até quando o Estado pensa continuar a proteger os infractores?
Paga POVO e não bufes que os "gordos" continuam a mamar à grande...
LS

junho 14, 2005

para memória FUTURA !

Aqui fica, para que um dia não se diga que este blog se alheou de três perdas irreparáveis para a cultura portuguesa. Morreram: O GENERAL VASCO GONÇALVES / O DR.ÁLVARO CUNHAL / O POETA EUGÉNIO DE ANDRADE.
Estes dias de Junho foram dramáticos para o País que somos. Numa terra onde, cada vez mais, se acentua uma crise de valores, o desaparecimento destes três vultos da Portugalidade deixa marcas profundas no coração do País. Aqui se regista...para memória futura! (juliocesar)

junho 10, 2005

Que Europa é esta?

Que Europa é esta?
Sempre o homem sonhou!..
Sonhou com promessas que foi ouvindo e foi também criando as suas expectativas e esperanças. Só, que em cada etapa que parece conseguida, vem depois o ribombar do fracasso e os gritos do sofrimento da esperança perdida.
Ainda há pouco anos, ouvia-se por essa Europa fora, a voz dos aplausos aos inventores das máquinas cada vez mais sofisticadas e mais capazes que iriam permitir mais descanso, mais qualidade de vida, mais tempos livres para o desporto, o recreio, a cultura e a família.
Com uma Europa a unir-se em torno de certos valores, parecia que o sonho do homem se concretizava, os horários de trabalho foram reduzidos, os vencimentos aumentaram e baixaram-se as idades de reforma.
Pura ilusão!..
O que se vê é a máquina a expulsar o homem, criando o desemprego, a infelicidade nas famílias, o povoamento de ruas de farrapos humanos, o engrossamento de legiões de pedintes que sem abrigo povoam as ruas do desespero, a insegurança nos rostos infelizes de um amanhã perdido.
Afinal, onde está a civilização ocidental com valores que tantos (alguns) apregoam de esperanças de uma vida melhor?
Que Europa é esta que prometeu riqueza, felicidade, trabalho, solidariedade, mais qualidade de vida e que apenas vai criando miséria, infelicidade, insegurança, egoísmo e desemprego?
A França e a Holanda já disseram não!
Exigem outras soluções. Exigem que a tal Europa dos valores que tanto se apregoa tem que ser para todos. Esta Europa, que estes políticos têm vindo a construir, é boa, sim, mas para as grandes empresas, as multinacionais, o grande capital e seus correligionários, mas cada dia pior para os cidadãos que necessitam de trabalhar para poderem terem um mínimo de condições.
Assim não!.. é preciso parar, pensar e repensar a Europa que se pretende e para todos.
Ag

junho 06, 2005

Nada é urgente!

NADA É URGENTE O meu apelo urgente não teve grande êxito e ainda bem. Foi escrito intempestivamente, foi injusto, admito. Afinal o senhor ministro até tem filhos para criar, coitado. A mulher, que é professora, como ele, até foi prejudicada pelas medidas do marido, coitada. Já chega! Se lhes tiram mais alguma coisa, ainda vamos ver a família toda a lavar os vidros dos carros nos semáforos, a ver se ganham umas moeditas, coitados. Enquanto for legal, deixemos o homem acumular rendimentos, não sejamos invejosos. Enquanto for legal, deixem o Alberto João acumular o ordenado com a reforma de funcionário público, coitado, bem trabalhou para ela. Até foi professor. Não é por ele andar a chamar filhos da p… a quem lhe quer tirar o que é dele... São direitos adquiridos, porra! Os direitos adquiridos são sagrados. É mais fácil fazer uma lei a dizer que o Alberto João não pode comer, não pode vestir, etc. Vamos mexer nisso tudo, diz o 1º, mas porra, direitos adquiridos são direitos adquiridos, são intocáveis. Não batam mais nos funcionários públicos, como pede o Marques Mendes. Eles hão-de acabar por morrer, que morram depressa, disse o Cavaco há uns anos. Reponham o ordenado à Fatinha, coitada, que no Brasil a vida não está barata. Enquanto for legal, ó Abreu, dá cá o meu. Sacrifícios?! Os sacrifícios não são para as castas dominantes, pelo menos para as actuais. Há direitos adquiridos! Fica para os que vierem a seguir. Quando a lei mudar e todos cumprirem, eu também cumpro, diz o ministro, eu sou um gajo como outro qualquer. Hoje em dia um ministro é um gajo como outro qualquer. Muita sorte têm em arranjar um gajo como eu para ministro, qualquer dia só arranjam indigentes. Até estou aqui por favor. Enquanto acumulei a reforma do BP com o ordenado de professor catedrático ninguém se chateou e agora só porque sou ministro…Eu até era contra o sistema de reformas privilegiadas do Banco de Portugal, mas é legal, se é legal, enquanto for legal, não tenciono abdicar nem dum cêntimo. Governar dando o exemplo?! Que estupidez! Bem prega S. Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz. O Freitas pediu a suspensão da reforma, ficando só com o ordenado de ministro? Otário! Nem merecia estar no governo, dá mau aspecto!
Outro que virou post do Manuel Martins.
Ag

junho 04, 2005

Um comentário transformado em "post"

Fila de espera à porta de Vitor Constâncio

APELO URGENTE

Há 13 anos que me retirei da militância partidária, mas sempre acompanhei com interesse as questões políticas. Não tenho tido grande vontade de intervir, apesar deste desgoverno do bloco central, que tem teimado, ao longo de todos estes anos, em empurrar-nos para baixo, não nos deixando sair do pântano que vitimou os mais capazes e vai matando, a pouco e pouco, o próprio país. A minha intervenção tem-se limitado a comentários esporádicos no blogue “Deleites Pensamentos”. Por coincidência, fiz ontem um comentário em que defendia a coragem que parecia demonstrar Sócrates para tomar as medidas necessárias, com o senão do meio recuo na questão das reformas dos políticos. Acordo hoje com o escândalo da legalíssima acumulação de reforma milionária, por seis anos de trabalho no Banco de Portugal, com o pobre ordenado de ministro, com a agravante de a lei orgânica que permitiu triplicar o ordenado dos dirigentes ter sido proposta e aprovada no mandato da direcção do BP, da qual esse ministro fez parte. Eu, no comentário que referi, até defendi as altas remunerações para os titulares de cargos públicos, para se poder cativar gestores competentes, que de outro modo optariam sempre pelo sector privado. Mas a questão que aqui se põe é moral e tem as mais graves consequências políticas. Por uma questão de coerência, esse senhor ministro devia ter dado o exemplo. Para manter a autoridade, no momento de pedir sacrifícios e defender o combate aos privilégios, tinha forçosamente de prescindir da reforma do BP, que, embora sendo legal, só o será até deixar de o ser, ou seja até ao dia em que a maioria política começar a ter vergonha na cara e acabar com situações destas. Por muito mal que as pessoas pensem da classe política, deviam saber que muitos dos que passaram por cargos políticos prescindiram das subvenções vitalícias e dos subsídios de reintegração, por não os acharem moralmente justos. Uma jornalista resolveu fazer as contas e apurou que se este senhor ministro durar até aos oitenta e cinco anos, vai custar aos contribuintes nada mais nada menos que 1 milhão de contos!Mas a questão principal deste problema foi a reacção totalmente inadequada do senhor primeiro-ministro, ao dizer que isto não passa de uma campanha para o demover de fazer as reformas necessárias. Será que ele não quer ver que um ministro das finanças com tamanho “rabo-de-palha” vai pegar fogo a todas as medidas, por melhores e mais justas que sejam, e, a partir daí, ao próprio governo? Esta é a última oportunidade de endireitarmos o país, vamos deitar tudo a perder?! Só há dois caminhos: ou o senhor ministro reconhece que não deve acumular e começa já a preparar uma proposta de lei que torne ilegal estas poucas-vergonhas ou demite-se. O senhor primeiro-ministro tem que tomar uma decisão rápida, para ver se ainda salva a credibilidade de um governo apoiado num partido que, numa sondagem divulgada ontem, continua com uma confortável maioria. Essa sondagem indica que a maioria do povo português concorda com as medidas anunciadas, apesar de tão penalizadoras. Vamos desperdiçar todo este capital? Continuamos a cair nos mesmos erros da primeira república?É por isso que faço este apelo urgente: vamos todos criar uma onda de indignação através do correio electrónico, dos blogues, dos sítios, dos jornais, da rádio, da TV. Vamos passar a palavra. Vamos resolver isto duma vez por todas. Vamos obrigar o governo e a maioria a pôr todos os cidadãos em pé de igualdade perante a lei, como manda a Constituição. Vamos deixar de ser um país terceiro-mundista. Precisamos de começar a acreditar nos políticos. Não podemos chegar à conclusão de que são todos iguais. Vamos fazer o que é preciso. Acabe-se com as injustiças e os privilégios! Sinto que este é um dos momentos mais importantes da nossa História contemporânea. Passa a palavra!

Texto - Manuel Martins, um cidadão muito preocupado
Foto - Jumento
LS

junho 01, 2005

Afinal quem manda no país?

Sócrates ou Vitor Constâncio?
Para mim é Constâncio, pois o homem diz que têm se aumentar os impostos, e o PM aumenta, VC diz tem de se aumentar o Iva e o PM aumenta, VC diz tem de aumentar o imposto sobre os combustiveis e o PM aumenta, VC diz que afinal os reformados têm de pagar mais no IRS e o PM diz sim senhor.
Mas afinal quem é e qual o papel actual do PM?
E já agora quanto recebe VC? Quanto recebem os administradores nomeados para a GALP?Quanto recebem os administradores nomeados para a Caixa Geral de Depósitos?
POBRE CADA VEZ MAIS POBRE E RICO CADA VEZ MAIS RICO...e um país sem liderança governamental...
LS