dezembro 31, 2004

Ano velho macacão!.

Lembrar o que o ano de 2004 trouxe de bom, por mais que se tente, dificilmente se encontra algo de positivo, mas pelo contrário de negativo é uma lista longa que dificilmente será esquecida:
- Espanha, um atentado da Al-Qaeda mata 202 pessoas e fere 1.500;
- Federação Russa, no 1º dia de aulas separatistas Tchetchenos fazem reféns 1.100 pessoas numa escola entre pais, professores e alunos e no assalto para libertação dos reféns pelas tropas Russas, morrem 300 pessoas de entre as quais 156 são crianças;
- Sudão, 70.000 pessoas são chacinadas com o apoio do governo local numa luta entre etnias e o Ocidente e os EUA mantêm-se indiferentes apesar dos avisos das organizações humanitárias;
- África, foi divulgado relatório que morreram 2 milhões de pessoas no ano de 2004 com Sida;
- Sudeste Asiático, um Terramoto seguido de um Tsunami destrói toda esta zona e faz até agora 120.000 mortos e segundo algumas fontes a maioria são crianças.
Recordar é lembrar para que não volte acontecer, mas neste caso só posso dizer que os Deuses e os Homens devem estar Loucos!
Que o Ano de 2005 traga a Paz, o Amor, a Solidariedade, a Justiça e que dê Sabedoria aos homens para estudar e prevenir esta e outros tipos de catástrofes.
Ag.

dezembro 29, 2004

que DEUS é este?

As minhas reflexões sobre a existencia de Deus, não são de hoje. O tal ser superior que nos domina e a quem tememos, desilude-me a cada catástrofe. Porque são justamente os mais infelizes e pobres que sofrem a ira, revoltante, do criador.
Sei que choco. Sei que esta matéria não deveria ser tratada, se calhar, tão levianamente. Mas a revolta não pode ser contida quando a pesada mão do "todo poderoso" provoca mais vítimas que todas as Hiroshimas juntas. Que Deus é este? Um Bush sem rosto que está em todo o lado? Um Salomão de espada em riste? Um ditador que mata aqueles que o adoram? Que Deus é este? Omnipresente,Omnisciente e Infinitamente Bom?
Que Deus é este?
JC - sem equivocos.

dezembro 28, 2004

É a isto que chamam informação?

Em todos os canais televisivos nacionais, as noticias afirmaram HOJE que o número de mortos em consequência directa do sismo e maremotos no Sudeste Asiático e África, rondam os 67000, em contrapartida as Nações Unidas afirmam HOJE que o número de mortos do sismo de domingo e consequentes maremotos possa ascender aos 200 mil...
Afinal qual é a informação mais próxima da realidade?
LS

dezembro 27, 2004

Nem o Pai Natal!

Não haja dúvidas que na arte de enganar somos uns peritos. Andamos a camuflar o défice há uns anos e Bruxelas que até nos julga uns coitadinhos, não vislumbra que o nosso défice não é real e assim está a ver alhos por bugalhos. É que na arte de enganar ninguém nos leva a perna e até a própria comissão europeia tem que arranjar novos critérios para o défice dos países que a compõem, porque com estes critérios nós portugueses, já lhes demos a volta e conseguimos manter o défice abaixo dos 3% sem para isso termos que ser mais produtivos.
Realmente somos bons quando queremos! Até Bruxelas diz que “somos um exemplo”! É todos os anos a mesma coisa, falseamos a verdade com subterfúgios num défice abaixo dos 3% ou seja, o tecto imposto por Bruxelas, mas que na realidade se situa muito acima desses 3% e o povo português sabe-o muito bem, porque o tem sentido na pele.
Mas porque é que Bruxelas aceita estas contas? Estaremos nós a fazer deles parvos ou estarão eles a pensar o mesmo de nós?
Por este andar não há Pai Natal que nos valha….
Ag.

dezembro 23, 2004

Natal sem complexos

Como complemento às tradições natalícias, todos os anos se aborda o tema da suposta pretensão de erradicar do espaço público os sinais cristãos que evocam a época que estamos a celebrar. Em países de antiga tradição cristã, em nome do “politicamente correcto” querem impor umas festas “insípidas”, ou seja, sem anjos nem presépios, não vá acontecer que estas coisas aborreçam alguém. Admitem-se no entanto, paisagens nevadas, as luzes coloridas e as renas de Santa Klaus. Mas nada de referências religiosas.

Os laicistas alérgicos aos cânticos de Natal populares e às figuras do presépio asseguram que os move o respeito às minorias religiosas e culturais. O curioso do assunto é que os membros dessas minorias não ficam aborrecidos em absoluto com os símbolos cristãos do Natal. Pelo contrário, alegram-se ao ver no espaço público sinais de religiosidade, ainda que seja a de outros. Como escreveu um advogado muçulmano Waleed Aley em “The Australian” (7.XII.04), onde defende que a tendência a descristianizar o Natal não favorece a tolerância nem o diálogo entre as culturas. “Às minorias religiosas interessa-lhes que se respeite e proteja o direito à expressão religiosa. E isto, desde logo, é um direito que corresponde também às maiorias".

Na sua opinião, “uma campanha contra o Natal é mais própria do ateísmo radical que dos muçulmanos”. Aley defende manter o sentido cristão do Natal precisamente em nome da tolerância. “A ideia de restringir as expressões religiosas é muito mais ofensiva que qualquer símbolo natalício”. “As sociedades tolerantes constroem-se desde a diversidade cultural e desde o encontro das distintas expressões religiosas, celebrações incluídas (...). Negar o espírito cristão no Natal ou, pior, suprimi-lo, não ajuda ninguém. Não é multiculturalismo. É anticulturalismo”, conclui.

Também nos Estados Unidos houve alguns casos de escolas ou municípios que suprimiram os cânticos de Natal ou símbolos religiosos para não aborrecer outras religiões. Charles Krauthammer comenta no “The Washington Post” (17.XII.04): “As tentativas de descristianizar o Natal são tão absurdas como cruéis. Os Estados Unidos são hoje a sociedade mais tolerante e heterogénea da história. Celebra todas as religiões com um coração e uma mente tão abertas que, comparada com os mais avançados países europeus, é única”
Esta diversidade leva inclusive a admirar outras festas não cristãs. Krauthammer diz sentir-se “divertido e satisfeito ao ver como a cultura americana engrandeceu a importância do Hanukah, a menos importante das sete celebrações judaicas, convertendo-a num evento maior com felicitações, presentes e comemorações públicas, como um modo criativo de dar aos judeus o equivalente do Natal".

Aos poucos pais que querem proibir os cânticos de Natal nas escolas porque temem que os seus filhos se possam sentir “diferentes” e “incomodados” por ouvirem tais canções cristãs, Krauthammer pergunta-lhes: “Que identidade religiosa tão frágil legaram aos seus filhos se temem que se vejam ameaçados por ouvir estas simples canções?"

Um pinheiro numa escola laica

Na laica França, a luta contra o véu islâmico na escola leva a alguns alunos a ver símbolos religiosos inclusive onde não existem. Num liceu de Lagny-sur-Marne, onde como todos os anos se tinha colocado uma árvore de Natal na entrada, duas alunas foram protestar junto do director pela presença de um símbolo que, na sua opinião, contradizia o princípio da laicidade. O director assegurou que não era um símbolo religioso mas, para evitar conflitos, retirou a árvore. Aborrecidos por esta decisão, numerosos alunos colocaram por sua conta e risco uma árvore no pátio e encarregaram-se de a engalanar.

Para atenuar o conflito, um grupo de professores teve de preparar um comunicado no qual recordava aos alunos que “a utilização do pinheiro como símbolo de vida ou de renascimento, depois do solstício de Inverno, é muito mais antigo que o cristianismo”. Posso concluir que perante isto nunca será demais estudar um pouco de religião na escola. O pinheiro expulso voltou ao refeitório para decorar a tradicional refeição de Natal.

A que não tem o menor complexo antinatalício é a ministra da educação italiana, Letizia Moratti, que dirigiu uma carta a todos os directores de escola animando-os a manterem os símbolos natalícios nos centros escolares. A ministra recordou que, juntamente com o Natal de luzes e presentes, “há outro Natal, o da tradição do presépio, o Natal que nos recorda o nascimento de Jesus, nascido numa gruta para trazer à terra uma mensagem de amor, o amor mais sublime, o amor dirigido a todos, também ao que está longe, a quem não ama, o amor mais extremo levado até ao sacrifício da morte”.

“O significado do Natal, tanto para o crente como para o não crente, é esta mensagem do valor universal do amor, daquele amor disposto a dar tudo sem pedir nada”, acrescenta Moratti. E ao tratar-se de se respeitar as identidades culturais, a ministra vai ainda mais longe ao afirmar que “sem respeitar a nossa história, as nossas raízes, não podemos compreender e respeitar os valores de quem tem uma história distinta da nossa”. De modo que, conclui apelando ao sentido universal do amor manifestado no Natal: “Não tireis das escolas o símbolo do amor da vida aos nossos estudantes, procurai ajudá-los através do presépio a compreender a sua importância e a vivê-lo no seu mais profundo significado, o mais verdadeiro, o mais puro”. Multicultural e desinibida esta Moratti.


CT

dezembro 21, 2004

Carta ao Pai Natal!

Caro Pai Natal.
Como sabes o meu país entrou numa situação que não sabe o que quer, por isso pedia-te que faças uns pequenos milagres:
- Que ilumines as memórias dos nossos governantes para saberem sair da crise;
- Que a Europa feche os olhos e deixe alugar os imóveis para combater o défice, porque senão mais uma vez os trabalhadores vão pagar as favas;
- Que os nossos políticos deixem dos ataques e calúnias uns aos outros e juntos combatam o laxismo e a corrupção;
- Que os nossos “empresários” deixem de estar dependentes dos subsídios do estado e passem eles a criarem mais emprego;
- Que as listas de espera nos hospitais acabem realmente para que todos os doentes tenham igualdade nos tratamentos e cuidados de saúde;
- Que a autonomia das escolas seja verdadeira e deixem o faz de conta;
- Que a justiça seja isenta, eficiente e eficaz para acabar com o mal-estar de que os poderosos não são punidos;
- Que nos deixemos de vangloriar com entradas no guiness book e tratemos realmente do que o país precisa.
Como vês Pai Natal são pequenos milagres mas vão-te dar muito trabalho!..

Ag

Imprecisões


Na hora do balanço final a Sociedade Euro 2004, responsável pela organização do Europeu de Futebol, estima ter alcançado um lucro de 3 a 4 milhões de euros. O bom trabalho realizado mereceu, também., os parabéns por parte da UEFA.
Calma lá! ou deu 3 ou deu 4 milhões de lucro. Os portugueses exigem saber os resultados exactos das contas finais, porque uma diferença de 1 milhão de euros é muito dinheiro.
Que se apure até ao ultimo cêntimo e que tornem as contas públicas!!!
LS

dezembro 18, 2004

Inovações!

Despedida de solteiro/a é o mais comum e acontece quando alguém está para casar e faz uma festa de despedida com os amigos. Despedida de casados é que é uma inovação! Não haja dúvida que Santana Lopes e Paulo Portas não nos param de surpreender, depois do filhote na incubadora, a separação e depois das eleições o casamento novamente. Isto com mais uma inovação que é, mesmo não sendo o partido mais votado nas eleições o PSD de Santana Lopes vai pressionar o Presidente da República para formar governo junto com o PP de Paulo Portas.
Nunca tal se ouviu e também não creio que o Presidente da República caia na asneira, já que tem sido ao longo dos anos de país democrático que o partido convidado pelo Presidente da República para formar governo é e sempre foi o partido mais votado.
Por isso ou Santana Lopes e Paulo Portas acreditam num milagre ou então vão apresentar outra inovação!

Ficamos à espera do que nos trazem os ventos…
Ag

dezembro 17, 2004

As sondagens valem o que valem




Quando se apresentam sondagens deste género e apesar de servirem como "presunções" nunca se deve partir de principios deste género "...presumindo que os 9,8% que responderam NS/NR, se abstêm", porque se quem fez a sondagem partir do principio que PS terá 48%, PSD terá 33,3%, PP terá 6% e se realmente se confirmar o acordo entre PSD e PP pós eleições, então os resultados desta sondagem são claros: PS - 48%, PSD e PP - 39,3% e se os 9,8% não se abstiverem e votarem PSD e PP? aí teremos o seguinte resultado final:
PS - 48%, PSD e PP - 49,1%.
Desta forma teremos novamente o mesmo Governo !!!
Por isso eu digo, as sondagens valem pelo que valem dependendo sempre da interpretação que se lhes dá.
LS

dezembro 16, 2004

Bibi disse hoje em tribunal que foi violado por um padre?!?

Carlos Silvino, que falou sem a presença dos restantes arguidos, centrou-se na sua infância na Casa Pia, onde disse ter entrado em 1960 e ter sido violado consecutivamente entre os quatro anos e meio e os 13 anos de idade por "dois professores, dois educadores, cinco alunos mais velhos e um padre". Disse ter sido violado "praticamente todos os dias à noite" e que lhe tapavam os olhos e o amarravam à cama.
Eu não acredito que um Padre tenha feito isto...

LS

dezembro 14, 2004

EDUCAÇÃO ESPECIAL: REFLEXÃO OU UM DESABAFO...

A escola actual tem de promover TODOS e cada um, tem de fomentar o êxito e valorizar as diferenças.
Uma escola para todos só pode ser entendida se tiver recursos para a todos atender. Enquanto Docente Licenciada no 1ºciclo e Especializada em Educação Especial, a desempenhar funções de Apoio Educativo preocupam-me as questões relevantes ao Bom Atendimento dos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) e/ou deficiências face à realidade que observamos no dia-a-dia, as práticas educativas e o desempenho do professor titular de turma que integram alunos com problemas graves/deficiências, nomeadamente Deficiência Mental, no âmbito das sensibilidades específicas de intervenção adequadas à diferenciação. Actualmente em Portugal, a Educação Especial (EE) está a atravessar um período de mudanças. Mudanças que, à partida poderão trazer benefícios para as crianças e jovens mas também irão questionar algumas práticas educativas. Outra preocupação crescente decorre do aumento do acesso à educação, com implicações no desenvolvimento da eficácia do sistema educativo, na tentativa da resposta mais eficaz à diversidade isto é, a melhor qualidade do ensino para todos os alunos. Muitas destas preocupações exigem, por parte das várias entidades: Estado, Escola, Família e Comunidade, um conjunto de responsabilidades, de medidas legais e diferentes orientações, face aos novos conceitos que caracterizam a Escola Inclusiva (EI), uma vez que o princípio de Inclusão tem como primeiro objectivo uma igualdade de oportunidades, para todas as crianças e jovens com NEE, com garantia de lhes ser proporcionada a educação no quadro do sistema regular de ensino. Esta conjugação de esforços é fundamental na "inclusão" destes alunos na Escola Regular, para ser possível mudar atitudes e práticas pedagógicas, conseguindo-se deste modo construir a tal "escola inclusiva" de que tanto se escreve e fala.
Em relação à questão da inclusão de crianças com Deficiência Mental preocupa-me como professora "inquieta" e "atenta" saber:
· Como podem os professores assegurar uma aprendizagem de sucesso na Escola Inclusiva?
· Que conhecimento científico têm os professores do ensino regular sobre deficiências e/ou NEE, para perceber minimamente a problemática que caracterizam especificamente estes alunos?
· Se estão sensibilizados e disponíveis para alterar o papel do professor, que se pretende mais activo no processo ensino-aprendizagem, que a EI preconiza?
· Se aceitam a "diferença" assegurando uma aprendizagem de sucesso, procurando aperfeiçoar e adquirir competências pedagógicas capazes de responderem às necessidades destas crianças?

Quero acreditar que a Escola Inclusiva não é uma utopia.
A Escola do Futuro só pode ser tão boa quanto os seus profissionais.
Eu...nós professores de educação especial estamos conscientes que, para se desenvolver uma verdadeira "Escola Inclusiva", considerada uma "Escola de Qualidade", uma "Escola de Todos e para Todos", onde haja efectivamente igualdade de oportunidades educativas e sociais, ainda temos de enfrentar muitos desafios políticos, económicos, sociais e culturais face à Educação.
"A Educação é uma forma de intervenção no mundo. (...) Implica tanto o esforço de reprodução da ideologia dominante quanto o seu desmascaramento.
(Ela é) dialéctica e contraditória (...)"
Paulo Freire, 2000

Enviado por mail, por uma leitora devidamente identificada

LS

Qual terramoto?

Depois do excelente post que o JC pôs sobre terramotos e depois de ver e ouvir as notícias fiquei surpreendido por ter havido um sismo e eu não me ter apercebido. Então pensei, onde estaria? Estava com uma turma dum 5º ano do 2ª ciclo e logo apercebi-me porque não tinha sentido o sismo. É que estar a dar aulas a turmas do 5º ano é como estar em constantes terramotos. Estas turmas são constituídas por uma heterogeneidade de alunos com diferenças muito acentuadas a nível de aprendizagens e comportamentos. Parte dos alunos não têm regras e por mais que se alertem os pais, as coisas não melhoram, porque alguns pouco se importam com o comportamento dos filhos. São regras básicas que em casa não têm e transportam-no para a escola, estando esta em constante alvoroço (participações de todo o feitio).
Também existem os alunos com deficiências mentais que estão integrados nas turmas e que para os manter ocupados ou tentar acalmá-los leva a que haja perturbações na turma e a furar algumas regras que aos outros não são permitidas. Um deles que a qualquer momento começa a gritar que quer ser “bombeiro” e quantos estratagemas já não foram tentados para o manter calado e quieto. Outro que resolve gritar que quer dar uma “queca”, o que se pode fazer sem alterar o normal funcionamento da aula? Depois há os que dizem, professor se o Paulo pode falar assim porque é que eu não? No meio deste panorama existem aqueles que até são interessados e querem ir mais longe só que…é preciso atender a todos.
Não me admira por isso, uma notícia no Primeiro de Janeiro que dizia que o ensino público está a perder alunos para o ensino privado. É que as regras são outras e quando as coisas não estão bem têm o poder de alterá-las.
Pois, com uma barafunda destas como podia sentir o sismo!..

Ag

dezembro 13, 2004

terramotos.

O País treme. Dizem que hoje, pelas 14. (e picos) o País tremeu. Não senti nada. Tenho sentido sim, nos ultimos tempos, a grandes abalos nas instituições. Corrupção sem limites e a todos os níveis (grau + na escala de Richter). Vergonhas Nacionais. Miséria social e política. Justiça, Emprego, Formação, Dinheiros Públicos, Saúde, Governos, Polícias, Habitação, Banca, Fundos Comunitários, Casa Pia, Droga, Assaltos, etc.etc.
O melhor será perguntar: " o que é que não treme em Portugal ?"
Depois de tudo isto e dos sucessivos abalos ainda apetece questionar: "O País está de pé?"
JC

dezembro 12, 2004

Pobre país o nosso que chama a um burro...PAVAROTTI

A TV dos "Analfas".
A nossa ET colocou num post anterior um tema para reflexão relacionado com os (poucos) hábitos de leitura dos portugueses. Ao fazê-lo levou-me a escrever sobre a TVI e o Pavarotti.
Temos todos o dever de criar nas nossas crianças e jovens bons hábitos de leitura que os levem cada vez mais a pensar a nossa lingua, a nossa cultura e a interpretarem de melhor forma o próprio mundo. Sabemos que maior parte dos autores leccionados nas escolas a começar pela primária até ao ensino superior, são autores do séc.XVIII e XIX, logo defendendo teorias que nos dias de hoje não se aplicam à realidade. Exemplo disto é o facto de ainda ensinarem aos nossos jovens as teorias de Marx, de Freud, de Einstein e tantos outros que já nos esperam no outro mundo, há mais de um século. Quando se fala ou escreve do poder que as novas tecnologias têm nos dias que correm e se criticam os jovens por passarem tempo de mais na internet, quem o faz não sabe o que diz. A internet bem aproveitada pode incutir nesta juventude o gosto pela leitura, o gosto pelo descobrimento, o gosto pela investigação. Hoje em dia é mais fácil um jovem ler noticias pela net, por exemplo, do que comprar um livro ou um jornal para ler.
Defendo mais que um jovem passe uma hora na net por dia, porque pelo menos anda a ler qualquer coisa, do que passe uma hora a ver a quinta das celebridades e aquela apresentadora "desgronhada" a falar com um burro a quem a produção decidiu chamar Pavarotti, conseguindo passar para a opinião pública, nomeadamente crianças, a ideia que Pavarotti é um burro e é assim que será para sempre lembrado por algumas gerações que nunca tiveram a oportunidade de saber que Pavarotti é na realidade o maior e mais conceituado tenor do mundo.

LS

A importância do que se lê

Hoje proponho para reflexão um texto de Aldinida Medeiros:
«"Os prazeres da leitura são múltiplos. Lemos para saber, para compreender, para reflectir. Lemos também pela beleza da linguagem, para nossa emoção, para nossa perturbação. Lemos para compartilhar. Lemos para sonhar e para aprender a sonhar..."; donde podemos concluir que a leitura é imprescindível à vida do ser humano, visto que ela não é apenas um meio de aquisição de informações, mas sim, uma das molas propulsoras do conhecimento, no sentido mais amplo dessa palavra. (...)
Diante de tal afirmação, é premente que afirmemos a necessidade de formarmos bons leitores. Desde a idade mais tenra é necessário estimular boas leituras, propiciar aos leitores obras que lhes abram os horizontes à reflexão. Embora a actualidade não favoreça a isso, pois os livros têm actualmente concorrentes poderosos, que não existiam antes: o cinema, a TV, mais modernamente os "games", o computador, sobretudo a Internet. Usados na medida certa, sem exageros, esses instrumentos de diversão favorecem a formação das crianças, despertando-lhes mais rapidamente atitudes de perspicácia.
Entretanto, o que acontece é que já faz algum tempo que as crianças e adolescentes deixaram totalmente os livros de lado, dedicando-se somente ao mundo eletrónico-cibernético. Nesse caso, estamos há algumas boas décadas criando uma cultura de leitores de massa, de não-leitores, enfim, de pessoas afundadas na cultura de massa, por falta da formação de bons hábitos de leitura.»
ET

dezembro 11, 2004

Aceso o Rastilho!..

Início dos telejornais das 20 horas, todos os canais anunciam o mesmo, Santana Lopes convoca um conselho de ministros extraordinário e até já se sabe para quê, anunciar a demissão do governo para poder fazer campanha para as próximas eleições. O mote para a campanha serão os” ataques ao Presidente de República” e a vitimização do governo que tendo maioria foi demitido pelo P.R. não os deixando cumprir o seu mandato. Com estas proporções é a primeira vez em Portugal que existe um conflito aberto entre a Presidência da República e um governo (em gestão).Para o estrangeiro não serão atitudes destas que dignificarão Portugal e o mal deste país, é que os seus políticos não trabalham para o seu engrandecimento, mas para o seu bem pessoal, as suas benesses e outras mais.
Vamos ver no que dá…
Ag.

dezembro 10, 2004

Desemprego ou não?

Oficialmente foi decretada a dissolução da Assembleia da República com a comunicação ao país do Presidente da República Dr. Jorge Sampaio. Toda a gente ficou ao corrente que os nossos representantes nesta assembleia, os deputados, foram despedidos e passaram à condição de desempregados.
A pergunta que fica no ar é se os deputados passam a receber o subsídio de desemprego ou se por outro lado continuam a usufruir das mesmas regalias com o ordenado por inteiro, contrariando qualquer lei do trabalho.
Qualquer trabalhador por conta de outrem teria de certeza que fazer privações nesta época natalícia, mas como as leis são feitas e aprovadas para proteger e manter certas regalias a certas classes específicas, poderão todos os que se interrogam “pôr as barbas de molho”, porque isto nunca vai acontecer com toda a certeza.
Será justo?
Ag

Democratização da Cultura

Uma curta passagem apenas para vos deixar este pequeno texto para reflexão:
«Democratizar a cultura é uma necessidade, mas é também uma expressão perigosa se for interpretada como uma simplificação das ideias e das formas que as banalize para as tornar acessíveis a todo a gente. Isso não será democratizar a cultura, mas sim corrompê-la e substituí-la por algo que é uma sua caricatura, um seu reflexo ridículo. A democratização da cultura só pode ser entendida como a criação de condições que facilitem e promovam o acesso aos bens culturais de quem está disposto a fazer o esforço intelectual indispensável para desfrutar, aprender e enriquecer a sua própria vida graças a esses mesmos bens. Ela também significa, além disso, a garantia de que ninguém, sejam quais forem a sua origem ou condição social, será impedido de exercer esse direito.»
Mário Vargas Llosa, «A cultura e a nova ordem internacional», in Globalização, Ciência, Cultura e Religiões, ed. da Fundação Calouste Gulbenkien.
ET

dezembro 09, 2004

Nomear com que fins?

Novo governo, novas nomeações para cargos ditos chave da administração pública, pessoas da confiança do próprio governo, até se compreende….agora que se nomeie pessoas para a administração pública quando se está de saída, é no mínimo duvidoso e deixa desconfianças.
Tem sido motivo de notícia que o governo que está de saída como se sabe, está a nomear as tais pessoas, os chamados “boys” ou afilhados como se diz em português corrente, os critérios destas nomeações é que são duvidosos. Com que fins? Satisfazer toda uma clientela que vive à custa de favores dos partidos e à custa dos impostos dos contribuintes. É verdade! Não sou só eu que penso assim, é o que toda a gente sabe só que não tem coragem de o dizer.
Vem novo governo, vem novas nomeações e novamente temos dinheiros públicos a serem gastos em salários e indemnizações milionárias. Depois diz-se que administração pública gasta uma boa percentagem nos ordenados dos seus funcionários, por isso não pode haver os aumentos e investimentos desejados. Só que cada boy destes que se saiba não ganha o salário mínimo, cada ordenado deles corresponde a umas centenas de ordenados de um trabalhador da administração pública.
Não será isto esbanjar dinheiros públicos? O ditado diz, “faz o que eu digo mas não faças o que eu faço” e aplica-se aos nossos governantes quando dizem, “é preciso contenção”, só que não é para todos.
Porquê nomear à saída? Quando é que isto acaba?
Ag

Mais um "senhor da sombra" que veio a terreiro

Mais um senhor da sombra veio hoje "atacar" Santana. Afinal eu tenho mesmo razão, estes tipos (Soares, Guterres, Cavaco, Fretias do Amaral, Marcelo Rebelo Sousa, etc...) estão a lançar um ataque mortifero. Vejam só o que disse Freitas do Amaral que chamou hoje a Santana...caudilho:
”O único fenómeno caudilhista que houve até hoje em Portugal em 30 anos depois do 25 de Abril chama-se Pedro Santana Lopes”, disse Freitas do Amaral, em declarações à Rádio Renascença, num comentário à entrevista de Morais Sarmento, publicada hoje no Diário Económico. No entender do ministro da Presidência, o Presidente da República decidiu dissolver o Parlamento numa "lógica de caudilho". ”Estar a querer acusar o Dr. Jorge Sampaio – que é o oposto do caudilho, um homem de formação britânica é tudo menos um caudilho – e vir essa acusação do único exemplo de caudilhismo que houve em Portugal nestes últimos 30 anos dá vontade de rir se não der vontade de chorar”, acrescentou Freitas do Amaral. O que é o caudilho A palavra caudilho, segundo o Dicionário da Porto Editora, designa um chefe político ou militar, um individuo influente. De acordo com o Centro de Estudos de Pensamento Político da Universidade Técnica de Lisboa, a expressão caudilho começou por qualificar os chefes dos bandos cristãos durante a reconquista. Passou depois a qualificar os ditadores militares da América espanhola, na sequência das guerras de independência de 1810-1826.
LS

De mãos atadas...

A Administração Local lesa estado e trabalhadores, numa prática inadmissível de uso e abuso do Programa Ocupacional para Trabalhadores Subsidiados, mantendo em funcionamento muitos dos seus serviços à custa de trabalhadores inseridos nesse programa.

Mais grave ainda, é o facto de muitos desses trabalhadores exercerem as mesmas funções, no mesmo posto de trabalho, durante anos e anos sem qualquer tipo de vínculo com as entidades “empregadoras”, já que vão passando sucessivamente de contratos a prazo para o da situação de desemprego, vindo a ser posteriormente requisitados ao IEFP através do Programa Ocupacional para Trabalhadores Subsidiados, por outras entidades relacionadas com a entidade da qual o trabalhador é originário.

Assim, o mesmo trabalhador vai passando de Câmaras Municipais para Juntas de Freguesia, empresas municipais e outras entidades participadas da primeira, sendo que o caminho inverso é igualmente useiro e vezeiro.

Este procedimento subtrai alguns números às taxas de desemprego e acaba por lesar o estado na medida em que, ao invés de encaixar algumas receitas através dos descontos para a Segurança Social, Caixa Geral de Aposentações e IRS, vê o seu orçamento delapidado por fundos de desemprego com a agravante de serem acrescidos em 20%, atribuídos como incentivo ao trabalhador pela sua ocupação.

Olhando para esta situação de uma forma despreocupada, até podíamos ficar indiferentes, pois é óptimo para os trabalhadores receberem mais dinheiro na situação de requisitados, do que quando estão com contratos a prazo, e o estado, esse estado impessoal e que ninguém sabe o que é nem quem é… que se lixe!...

Pois é, numa altura em que se fala no fim anunciado da segurança social e da crise que nos assola, ninguém sabe quem são os culpados, e como sempre, essa tem que sobrar para os governos. Mas, será só deles?... É claro que têm a sua quota-parte no que diz respeito às medidas legislativas e de fiscalização. Mas, e nós?... que diariamente convivemos em silêncio com esta e outras situações bem conhecidas de todos, não teremos também a nossa quota-parte de culpa?... Estou certo que sim!... Mas será que todos temos a liberdade ou então, estabilidade económica e financeira que nos permita a ousadia dessa denuncia… Talvez não!...

É, ao reflectir neste tipo de situações que muitas vezes penso viver num país livre, de homens livres, mas muitas vezes de mãos atadas…

CT

Atenção: não sou o autor do artigo mas, por enquanto o seu autor pediu anonimato...

dezembro 08, 2004

A grande incógnita!

Depois da dissolução do governo pelo Presidente da República Jorge Sampaio, o PSD de Santana Lopes e o PP de Paulo Portas têm sido notícia sobre uma eventual aliança para as próximas eleições. Apesar de todos os sinais manifestados pelos militantes e simpatizantes dos partidos serem em contrário à aliança, temos que os dirigentes com receio de perder o “poder”, tudo fazerem para apagar esses sinais.
Mas o dilema impõe-se! Como coligar-se sem perder o eleitorado?
Qualquer coligação pressupõe um acordo e esse acordo é também na distribuição de pastas governamentais, aqui vamos ver o PP a bater-se por mais lugares no elenco governamental esgrimindo tudo o que tem, fazendo ver ao PSD que afinal os ministros mais estáveis eram os do PP, todos os sinais apontam nesse sentido.
Sendo assim, mesmo contra a vontade dos seus militantes e simpatizantes, os dirigentes fazem os acordos que mais lhes convém para não perderem o poder.
Mas será que os eleitores vão nisso?

Ag

Sete dias depois...

Faz hoje uma semana que surgiu o Deleites Pensamentos.
Assumindo-se desde logo como um blog de multi opiniões que contribuam para o bem da nação, penso que os leitores não estão defraudados com o teor dos artigos.
É um blog escrito por diversas pessoas, cada uma na sua localidade e no seu contexto espaço-temporal, com ideias próprias e importantes, às quais se aliaram e vão continuar a aliar cada vez mais comentadores, diga-se também de grande qualidade. Digamos que...é um blog global, não é de A ou de B, mas sim de todos os que nele participam através de opiniões e comentários.
Tal como o país necessita cada vez mais de interdisciplinariedade e cada vez menos de viver à custa da ideia de um ou outro, também este blog necessita da participação de todos para se assumir cada vez mais neste país a quem um dia alguém chamou Portugal.

LS

dezembro 07, 2004

Quem os viu e quem os vê

Mário Soares completa hoje 80 anos de vida. Ao longo de todo o dia certamente terá sido alvo de milhares de felicitações das mais variadas pessoas, no entanto há uma que em tempos referiu que Soares "é um obstáculo à vida politica portuguesa" que veio à praça pública manifestar os seus parabéns de forma muito intima. Seu nome Cavaco Silva. A queda do Governo é cada vez mais evidente que se deveu aos Senhores da "sombra" que mesmo sem governarem o país, continuam a mandar nele.
Mário Soares, Cavaco Silva, Marcelo Rebelo de Sousa, Freitas do Amaral, ou muito me engano ou estiveram por trás da decisão de Sampaio, pois as palavras amigas de Cavaco a Mário se fossem ditas noutros tempos, eu diria que se tratava de simples palavras hipócritas.
LS

Che Guevara, o mito resistente

O recente filme "Diários de Motocicleta", de Walter Salles, evoca a figura de Ernesto "Che" Guevara (1928-1967) antes do seu compromisso político, despojado de tudo o que pudesse ser motivo de controvérsia. Baseando-me num artigo de Paulo A. Paranagua, no " Le Monde" de 1 de Outubro de 2004, deixo aqui alguma da trajectória real deste "mito resistente".

Longe de diminuir a sua figura, os repetidos fracassos de Guevara em todos os campos em que actuou alimentam o culto sentimental do sacrifício. No plano militar, Guevara converteu-se, com os seus próprios escritos, num propagandista de doutrinas guerrilheiras, mas despojando-as da compreensão dos factores políticos que tinham favorecido a queda de Batista. O carisma do autor transformou essas teorias e generalizações precoces da experiência cubana em autênticos prontuários de pensamento para várias gerações de latino-americanos que enfrentaram alegremente a morte sem conseguir melhorar a sorte dos seus semelhantes.

Convinha recordar os desastres nos quais Guevara esteve directamente implicado. A guerrilha do norte da Argentina foi aniquilada antes de estar em condições para agir. A sua aventura em África seria digna de compaixão se não se revelasse até que ponto Che desprezava o contexto social e cultural de quem pretendia mobilizar. Por último, o trágico desenlace da guerrilha na Bolívia, com a morte do próprio Che e de muitos dos seus companheiros, não permite esquecer a sua teimosa ignorância da situação do país e, em particular, dos camponeses, sobre os quais pretendia apoiar-se.

Em Cuba, quando Che se responsabilizou pelo Banco Central e tomou a seu cargo o lugar de Ministro da Indústria mostrou todo o seu desdém pelas realidades económicas e sociais e a animosidade pelo respeito à democracia. Contemporâneo da invasão da Hungria e do indeterminado Jrushchov no 20º congresso do partido comunista soviético, foi um pró-soviético incondicional para depois se converter, de forma igualmente cega, às virtudes do maoísmo chinês misturadas com um terceiromundismo omnicompreensivo.

Os seus intérpretes encontram uma última linha de defesa no plano individual e psicológico, exaltando a força de carácter, o idealismo, a coragem, a ética, o humanismo e o exemplo moral. Deixando de lado tudo o que o voluntarismo acarreta com a ditadura: É compatível com valores humanistas o entusiasmo de Che pela pena de morte? A sua participação pessoal à frente de pelotões de execução? A privação de alimentos como forma de castigo na guerrilha? O discurso do ódio em nome da pureza revolucionária?

No sistema repressivo que se instaurou em Cuba, Che justificou a militarização, a asfixia das liberdades e o encarceramento dos que tinham opinião contrária.

CT

Assembleias distritais: sabia que?

As Assembleias Distritais são as únicas estruturas de âmbito supramunicipal que representam todas as autarquias do Distrito (câmaras municipais, assembleias municipais e juntas de freguesia)?
Embora integrem a organização administrativa do Estado (conforme assim o estabelece o artigo 291.º da Constituição e o Decreto-lei n.º 5/91, de 8 de Janeiro), as Assembleias Distritais têm vindo a ser tratadas, pelos sucessivos Governos, como se nem sequer existissem?
Apesar da sua existência legal, as Assembleias Distritais são, quase sempre, esquecidas pelo legislador ordinário a quando da feitura dos diversos diplomas que se aplicam à Administração Local?
As Assembleias Distritais são as únicas entidades da Administração Pública (central, regional e local) que não apresentam défice orçamental? E que, mesmo perante graves problemas de liquidez de tesouraria, estão impedidas de contrair empréstimos?
As Assembleias Distritais de Beja, Faro e Setúbal, possuem importantes museus regionais (Museu de Arqueologia Rainha D. Leonor; Museu Regional do Algarve e Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, respectivamente) cujo espólio é fundamental para a preservação da «memória cultural» dos respectivos distritos? E que aquelas instituições, em particular as de Beja e Setúbal, desenvolvem vários projectos de ligação à comunidade escolar da região?
As Assembleias Distritais de Bragança e de Viseu, são as responsáveis pela edição das prestigiadas revistas «Brigancia» e «Beira Alta», respectivamente?
As Assembleias Distritais de Castelo Branco e de Santarém, através das suas colónias balneares (na Areia Branca e na Nazaré, respectivamente), prestam apoio social meritório, sobretudo às crianças e jovens mais desfavorecidos dos seus distritos?
A Assembleia Distrital de Lisboa, além de possuir uma Biblioteca pública e um Núcleo de Investigação Arqueológica, promove a realização de exposições temporárias e edita, regularmente, um «Boletim Cultural», uma «Revista de Arqueologia» e a colectânea «Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa», obras de reconhecido mérito científico a nível nacional e internacional?
Devido à permanente escassez de recursos financeiros, técnicos e humanos, o funcionamento dos Serviços afectos às Assembleias Distritais só é possível pelo esforço e empenho dos seus funcionários e colaboradores? Que, na maior parte dos casos, desempenham funções que excedem, em muito, o conteúdo funcional das respectivas categorias?
Os trabalhadores de algumas Assembleias Distritais, apesar de pertencerem à nossa Administração Pública, já estiveram mais de três meses consecutivos sem receber vencimento? E que, ainda hoje, são vários os que não recebem, atempadamente, o seu salário no final de cada mês?
Mais informações, nomeadamente sobre as actividades desenvolvidas por cada uma das entidades referidas pode ser solicitada para o seguinte endereço: assembleias.distritais@clix.pt
ET

Será que estão a gozar connosco!

Depois de ouvir o debate sobre o orçamento de estado, fiquei surpreendido com a forma como Santana Lopes e seus pares disseram que não compreendiam porque é que o governo a que pertenciam foi dissolvido. Fiquei a pensar? Ou não sabem mesmo, porque os bastidores do poder criam uma certa amnésia a todos que por lá passam e aí a razão de geralmente o que prometem não ser cumprido, ou fazem das pessoas “ignorantes”. Sei também que segundo um estudo da O.C.D.E. Portugal ficou em 25º lugar entre três dezenas de países, mas não acredito que existam 50% de pessoas mais uma (+1) que sofram de amnésia e capazes de esquecer que este governo foi o que deu os tiros nos seus próprios pés.
Ag

Associativismo cultural de hoje...

... contributos para uma maior consciência cidadã no futuro.
A emergência de novas formas de associativismo obriga, no presente, à redefinição de estratégias no sentido de serem encontrados modelos alternativos que possibilitem a cooperação efectiva entre o Ministério da Cultura (responsável pela definição das políticas nacionais nesta área), as autarquias (a quem compete a prossecução dos interesses locais) e a sociedade civil (incluindo os grupos de cidadãos organizados de modo mais informal) para que, em conjunto, se possam estabelecer parcerias que contribuam para a dignificação social e cultural da população.
Os municípios, em particular, não podem continuar a alhear-se da realidade. É urgente incentivar a partilha de experiências com a sociedade civil e, através do apoio logístico (cedência de instalações e/ou equipamentos, por exemplo), apoiar o desenvolvimento de actividades que contribuam para democratizar o acesso à cultura, um meio que, tradicionalmente, é bastante elitista (sobretudo ao nível da produção e criação, mas também no que se refere à recepção). Fidelizar públicos é importante, todavia alargar horizontes de referência deve ser a prioridade.
Face ao exposto, a missão do associativismo cultural, na minha opinião, só pode ser uma: a educação para a cidadania, um papel primordial que algumas colectividades almadenses têm vindo a assegurar desde a sua criação! Através da realização de iniciativas de carácter plural (conferências, debates e tertúlias; apresentação de espectáculos de música, dança ou teatro; inauguração de exposições de arte e edição de publicações específicas, etc.), é possível promover a solidariedade social, o convívio inter-geracional, valorizar os artistas da região e contribuir para incrementar hábitos de cidadania activa e fruição cultural na população local.
E termino este breve apontamento referindo que, é indispensável a clarificação da política de atribuição de apoios financeiros concedidos pelas Câmaras Municipais às associações e arranjar meios alternativos para subsidiar os programas e acções que estas desenvolvem, nomeadamente através do recurso ao mecenato cultural (há que sensibilizar os empresários para a importância da cultura no desenvolvimento económico e social de cada região).
ET

dezembro 06, 2004

Mataram Sá Carneiro

A comissão multidisciplinar de peritos encarregada de investigar a tragédia de Camarate concluiu que a queda do Cessna que vitimou o então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro se deveu a "um acto de sabotagem". De acordo com a conclusão da súmula do relatório distribuído hoje aos deputados da VIII Comissão de Inquérito sobre Camarate, a explicação plausível para o despenhamento da aeronave a 4 de Dezembro de 1980 encontra-se "não em razões acidentais, mas sim no rebentamento - e correspondentes consequências - de um engenho explosivo que incapacitou a aeronave e/ou os seus tripulantes".
Os peritos são do Instituto Superior Técnico, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e da Universidade de Coimbra.
O relatório, que aponta como explicação plausível para a queda do Cessna "o rebentamento de um engenho explosivo", foi subscrito por Duarte Nuno Vieira, especialista em Medicina Legal, António Mendes de Sousa, professor de Engenharia Mecânica na Universidade de Aveiro, Joaquim Queirós Neves, Técnico de Aeronaves e Investigador de Sinistros. São ainda subscritores do relatório Henrique Botelho Miranda, professor do departamento de Minas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, António Acácio Lima, especialista em radiografia industrial e controlo de qualidade de estruturas metálicas, Luís Ramos Alves, consultor em aviação e qualidade, e Laureano Santos, jurista e piloto de aviões.
LS

A ética nas decisões políticas

A democracia pressupõe que a legitimidade da lei depende da sua compatibilidade com a moral.

Nas democracias contemporâneas pode-se dizer que “a moralidade não se pode legislar”. Na realidade, é precisamente o contrário: a moralidade é a única coisa que se pode legislar. Todas as questões políticas de importância são questões morais. Proibimos o assassinato, o roubo, a difamação, a publicidade fraudulenta. Seja qual for o vocabulário que se utilizar para justificar estas medidas, tornamo-las nossas porque nos parecem justas e previnem contra o que nos parece errado. “Justo” e “Errado” são categorias morais. A questão não é se se legisla ou não, mas sim como legislar a moralidade. Nas democracias legislamos sobre moralidade de um modo democrático.

Outra questão importante é com que amplitude a política define o seu mandato moral. Aqui há que dizer que um Estado democrático é necessariamente um Estado limitado. Está limitado essencialmente pelo reconhecimento de uma soberania mais elevada, e pelas justas pretensões das diversas entidades e pelas suas funções no recto ordenamento da sociedade. O discernimento e o ensino da moral, por exemplo, é tarefa de instituições como a família.

A protecção da vida humana inocente é a primeira função do estado limitado. O aborto é, sem lugar para dúvidas, uma questão pública. Pois o debate sobre o aborto não se deve apoiar em opiniões privadas na hora de validar quando começa a vida humana. Esta não é uma questão moral ou política, nem objecto de opinião pessoal.

O debate sobre o aborto recai sobre a pergunta: a quem pertence a sociedade pela qual assumimos uma comum responsabilidade? Esta pergunta é, com toda a certeza, de carácter político. Se Aristóteles estiver certo, então o aborto é a questão política mais inevitável à qual devemos responder. Não se trata de uma questão privada mas sim a mais “pública” das perguntas: quem faz parte da vida pública?

CT

dezembro 05, 2004

Uma ideia de Cultura

Nesta minha primeira participação, quero partilhar convosco a minha ideia de Cultura e, se possível, gostaria de saber a vossa opinião sobre o assunto. Deixo-vos, então, para reflectir, este pequeno texto:
Tenho da Cultura, talvez, uma ideia demasiado utópica: espaço social onde o grau de formalismo se esbate nas práticas quotidianas solidárias; campo fértil de memórias e afectos onde todas as expressões artísticas têm a mesma dignidade. Por isso, para mim, a oferta e a fruição das actividades culturais são, sobretudo, formas de participação cívica.
Nesta óptica, encaro a Cultura como um instrumento legítimo de Poder que, quando efectivamente partilhado entre os diferentes agentes (instituições, autores e público), de forma integrada, permite transformar a realidade através da compreensão dos valores da sociedade (passados, presentes e futuros).
Recuso-me a considerar a Cultura como um mero produto comercial, onde o lucro é mais importante do que o conteúdo e não aceito que se avalie a produção de quaisquer actividades culturais em função da sua capacidade de gerar dinheiro, apesar de reconhecer que é necessário um apoio financeiro para produzir determinado tipo de materiais de suporte.
Todavia, o fundamental é, e será sempre, o papel desinteressado de quantos estão nesta área “de alma e coração”, porque a sua intervenção não depende de pressões económicas ou políticas... movem-se por “amor à camisola”, dispensam protagonismos elitistas e a sua recompensa é a adesão voluntária das pessoas à causa que defendem e o reconhecimento pelo trabalho realizado. A satisfação íntima, e uma palavra de agradecimento, são as únicas retribuições que consideram adequadas pelo cumprimento dos projectos em que acreditam. Uma forma altruísta de encarar a Cultura que nem todos compreendem...
ET

O jornal público descobriu a pólvora

O jornal "Público" na sua edição de 5 de dezembro, apresenta a conclusão de um estudo sobre iliteracia em Portugal e chega a esta brilhante conclusão: "Estudantes que leêm menos são mais vulneráveis ao insucesso escolar".
Pergunta-se porque razão gastam tempo e dinheiro com estudos destes? O que é que este estudo trouxe de novo? Parece-me que esta conclusão é muito parecida com esta: "se o homem morreu à sede é porque não bebeu água"

Clique aqui para ler as conclusões na integra.


LS

Mais do mesmo.

O País está em suspense! A comunicação social com os seus directos em Santana Lopes e os directos em Paulo Portas sobre uma eventual coligação para as próximas eleições. Mas tudo isto não passa de um truque da mesma comunicação social.
Sim! Deve ser mesmo um truque…
Santana Lopes e Paulo Portas já fizeram parte de um mesmo governo que foi demitido pelo Presidente da República; governo esse que até à sua demissão teve todas as condições para governar com estabilidade. Teve maioria no parlamento, uma oposição ao nível do maior partido da oposição muito fraca, comunicação social em que o seu foco de interesses era a casa pia e um povo adormecido. Que condições melhores poderiam haver… não! Não creio que Santana Lopes e Paulo Portas vão de novo criar uma aliança para concorrer juntos ás próximas eleições. Com base em quê? Que podem desta vez prometer ao povo? As mesmas pessoas, os mesmos programas, as mesmas promessas…que trazem de novo? Só se for a aliança antes das eleições porque a outra foi depois destas. Talvez seja esta a novidade que os impediu de governar.
Quem sabe…
Continuo a dizer que é truque das TVs.
Ag

dezembro 04, 2004

Só os incompetentes dão tempo aos iguais.


jn


A grande questão está nos...três

Os três sempre foram tema de conversa não só em Portugal como no mundo, muito provavelmente a partir do momento em que homens e mulheres lhe decidiram atribuir essa designação após o acto do primeiro contacto sexual efectivo, o que nos remete para uma evocação ao tempo em que se fazia amor sem o uso de qualquer método anticoncepcional correndo assim riscos que podiam influenciar com o estado de saúde de quem "perdia os três". Quando se evoca a palavra "três" deveria haver mais respeito pela origem da designação e ao que parece o nosso PR garantiu ao nosso PM "por três vezes" que não dissolveria o Parlamento, um dia antes de lhe comunicar a...dissolução, quebrando assim um dos maiores tabus que a sociedade desde sempre rejeitou falar em público. Tal como a sociedade, também o nosso PR anda a fazer tabu ao ponto de ainda não ter esclarecido à nação essa questão dos "três".
Santana vem dizer a terreiro que "A política não pode ter segredos", mas ao que parece mais do que um segredo, Jorge Sampaio está a fazer tabú.
Exige-se a Sampaio que explique ao país essa questão dos "três".

LS

A dança da politica.

Quando Durão Barroso entrou para o governo disse que o país “estava de tanga”, fruto da má gestão socialista a quem ele atribuía todas as responsabilidades.
Passados dois anos, Santana Lopes assumiu o lugar de Durão Barroso, formando governo e nada disse da gestão anterior. Comprometeu-se a garantir melhorias significativas ao povo, que tão maltratado tinha sido até aí e sofrido na pele a obsessão do governo pelo cumprimento das metas do défice.
Sai Santana Lopes, não cumprindo o prometido, deixa é o país órfão já que com a dissolução do governo ninguém é responsabilizado pela má gestão e promessas não cumpridas.
António Guterres assumiu o erro da sua gestão e pediu eleições antecipadas para uma mudança de estratégia na qual o povo não acreditou, perdendo as eleições para Durão Barroso e ficou rotulado como o governo que deixou o país de “tanga”.
Durão Barroso não cumpriu o que prometera para tirar o país da “tanga”.
Santana Lopes ficará com as culpas ou terá que dizer que encontrou o país não de “tanga” mas de “fio dental”. Estará à espera Santana Lopes que lhe atribuam as culpas passando uma esponja pelo governo de Durão barroso! Se quiser de novo concorrer para formar governo, vai ter que limpar essa má imagem e atribuir as culpas a alguém pelo falhanço.
Até quando vai aguentar Santana Lopes estar calado?
Ag

dezembro 03, 2004

Portugal...um caso de policia

É assim que actualmente vejo o nosso país.
Casa Pia, Apito Dourado, Dissolução do Parlamento, demissões na RTP, etc,etc,etc.
Aos olhos da Europa somos cada vez mais noticia pelas fraudes, pela corrupção, pelo aumento da criminalidade, pela entrada de toneladas de droga a cada dia que passa.
Enfim somos uma país de leite coalhado e azedo.

LS

Informação à navegação

Ao que parece houve remoção de um comentário num post anterior ao qual DP está completamente ilibado dessa situação por só agora ter ligado o computador durante todo o dia. Algo correu mal aquando da colocação do comentário. Informa-se no entanto que esta situação de colocar comentários que por vezes aparecem como removidos, pode ser também uma falha do sistema uma vez que já não é a primeira vez que acontece. Espera o DP e esperamos nós que as falhas não aconteçam.

A democracia é mais que o domínio da maioria

Naturalmente, a democracia é o domínio da maioria através de instituições representativas e baseada no respeito dos limites constitucionais. Isto não quer dizer que tudo possa ser objecto do sistema de voto. Entre as coisas que não se submetem a voto figuram a liberdade religiosa, a liberdade de expressão, a liberdade de associação e outros direitos civis básicos que tornam a política democrática possível e moralmente valiosa. Desde logo, um povo pode votar democraticamente para eliminar estes direitos básicos, mas neste caso a democracia deixaria de ser democracia.

A possibilidade da democrática autodestruição da democracia recorda-nos que a democracia necessita de algo mais que a simples existência de instituições democráticas. Sugeriria a seguinte máxima: a política é na sua grande parte o fim da cultura; no coração da cultura está a moralidade e no centro da moralidade, a religião. Quando se esquece esta máxima, a democracia entendida como domínio da maioria leva à morte da democracia.

CT

dezembro 02, 2004

DUAS VEZES DE ACORDO

Errar é humano. Erramos todos e os Presidentes também. Nem sempre estive de acordo com o Presidente Sampaio. Nem com outros Presidentes. Sempre que a minha consciência me diz - "não vás nisso", discordo e pronto. Sou frontal e digo porquê. Teimoso q.b. e suficientemente lúcido para deixar "torcer antes de quebrar". Basta que me provem que não tenho razão.
Desta vez, por duas vezes, estive de acordo com Sampaio. Ao empossar Santana Lopes, o Presidente agiu em nome da legitimidade democrática sufragada em eleições. Vota-se em Partidos e programas, e não em homens. A coligação mantinha-se. A crise também. Havia dificuldades a vencer e a casa para arrumar. A saída de Durão era um acidente de percurso e o número dois do PSD ( para isso existe o número dois ) merecia o benefício da dúvida. Legítimo, leal, apesar do coro de protestos de PS's, PC's, Independentes de Esquerda, Personalidades de coisa nenhuma, Bloquistas e afins.
Havia porém uma situação que não passou ao lado do Presidente. (penso eu de que)
O PS - Fragilizado na liderança e com o processo Casa Pia a morder-lhe os calcanhares.
O PC - Com a mais que pressentida saída de Carvalhas.
O BLOCO - É o Bloco.
Havia portanto, e por desarrumação do leque partidário, razões de sobra para conferir à "maioria-coligada" o exercício da governação. Sampaio acreditou e, na minha opinião, fez bem.
Quatro meses depois de verificar sucessivos falhanços e de testar Santana Lopes, (Túnel do Marquês, Parque Mayer,Casino Lisboa, não eram grande curriculum) Sampaio anota e bem que a Colocação de Professores atinge proporções quase surreais. A Comunicação Social, pressionada, é obrigada a demissões. A Central de Informação é, a tempo, travada. O aumento da despesa pública cresce com a admissão dos novos "boys". O Congresso do PSD, legitima o líder candidato único mas com divisões que se estendem à coligação. Remodelação. Alterações de ultima hora na atribuição de pastas, que saltam sem sentido. Demissão de um Ministro, quatro dias depois da posse, com acusações graves ao "amigo e chefe". E o Presidente toma notas. E vem a incubadora de triste memória e a paciência esgota-se. Santana Lopes, por quem tenho estima pessoal, afundou todos os sonhos. O de querer ser Presidente da Republica. Primeiro Ministro. Presidente da CMLisboa.Infant-Terrible. Presidente de um partido que já pede um Congresso Extraordinário.
Vigilante e atento, Sampaio não tem outro remédio. Dissolve o parlamento, convoca eleições, e em Fevereiro voltaremos a dizer que o povo portugues deu mostras de grande civismo e maturidade politica em mais um acto eleitoral. A Democracia repete-se e isso é bom. Sampaio, pela segunda vez, fez bem.
JC

O mito acabou!.

Obrigado Luis Silva, pelo convite! Depois do terramoto politico da dissolução do Governo, vêm agora os abutres politicos posicionarem-se para serem a salvação do partido do ex-governo e prontos para dizerem o que não disseram no congresso de há uns tempos atrás.Até agora Santana Lopes era o salvador, parece que o mito acabou e não falta gente a querer-lhe puxar as orelhas. Agostinho S.

Saiam da frente que eu sou competente


Dois dias depois do terramoto político, o antigo primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva vai hoje marcar pela primeira vez presença numa iniciativa pública. Trata-se do lançamento do livro O Meu Tempo com Cavaco Silva, da autoria de Fernando Lima, jornalista (director do DN no último ano) e principal assessor de imprensa do primeiro-ministro durante os anos de governação cavaquista, entre 1985 e 1995, que relata precisamente esse percurso na obra.Ao mesmo tempo, esta é a primeira intervenção pública do antigo líder do PSD depois de no fim- -de-semana passado ter publicado um violento artigo no Expresso, em que disse ter «chegado o tempo de os políticos competentes afastarem os incompetentes», adaptando uma conhecida lei económica à vida política nacional, embora sem referências directas aos visados.Nas cada vez menos espaçadas intervenções sobre a vida nacional, Cavaco Silva parece posicionar-se para uma candidatura presidencial em 2006. Que agora tem o calendário invertido, já que vai ocorrer depois e não antes das eleições legislativas.

LS

dezembro 01, 2004

Eleições

Obrigado ao Luis pelo convite.
Sempre que tiver oportunidade aqui virei dar o meu contributo.
Eleições: Dissolvido o parlamento, resta-nos votar. Em democracia é assim e assim será, sem sobressaltos.
A achega que trago, prende-se com o acto de votar. E até de referendar. Estamos em plena época da computorização. O voto e a urna ja cheiram a coisa do passado. Não seria possivel uma base de dados, com o numero de cidadão eleitor, e podermos votar por Multibanco?
Num tempo em que tudo se paga,recebe,consulta,carrega,anula,deposita...e em que grande parte da população tem acesso ao cartão de crédito/débito, não haveria possibilidade de, em liberdade, introduzir o PIN, escolher opções, seleccionar Eleições, consultar boletins, escolher o partido, teclar sim nas convicções e CONFIRMAR?
Fica a sugestão.
...e o saldo de conta para consultar e penalizar quem nos empobrece.

JC

Com amigos destes quem precisa ter inimigos?

A crise no Governo tem agentes que merecem ser destacados. Estão de parabéns todos os “competentes” do PSD, que, do alto do seu camarim não deram tréguas a Santana Lopes. Estão de parabéns todos os que pressionaram o Presidente da República, no sentido da dissolução do Parlamento, desde a ida de Durão Barroso para Bruxelas. Está de parabéns Henrique Chaves pela forma “amiga”, reconhecida e de grande sentido de Estado com que apresentou a sua demissão de ministro. Estão de parabéns os partidos de Oposição, e demais vozes críticas, que não aceitaram a decisão do Presidente da República em Julho. Estão de parabéns os que apostaram, desde a primeira hora, na queda de Santana Lopes. Está de parabéns Jorge Sampaio, que usa “a bomba atómica” antes de terminar o seu mandato. Dissolver o Parlamento é o acto que vai ficar registado como o mais importante do seu “reinado”, talvez o único com que será identificado daqui por alguns anos. Ou seja, estão de parabéns todos os que desejavam eleições legislativas antecipadas, não aceitaram que Santana Lopes “lhes passasse à frente” e chegasse a primeiro-ministro antes deles, e, está de parabéns Mário Soares, que recebe a “melhor”prenda de aniversário pelos seus 80 anos. Mário Soares, que há quinze dias no Porto, quase apelou a uma revolta popular, poderá agora dar o seu precioso contributo a José Sócrates, no sentido de lhe ensinar como pode ser candidato a primeiro-ministro, de preferência, sem “teleponto”. Naturalmente que houve erros, e alguns de estratégia, que não deveriam ter acontecido. Claro que nem todos os membros do Governo tinham provas dadas de poder ser a melhor escolha. Sabe-se que havia agitação dentro da maioria, confusão e atropelos. O Presidente da República fez questão de justificar esta sua decisão com base nos sinais de desagregação governamental e crise crescentes. Parece-me que viu mais do que isso. Com as últimas sondagens poderá ter visto a hipótese de levar o seu PS para o Governo. Portugal deve estar sempre na primeira linha das preocupações do Governo e do Presidente da República. Penso que, tal como fez em Julho, ao chamar Santana Lopes para governar, ontem, um dia antes do previsto, Jorge Sampaio, ao decidir pelo dissolução, pensou ser esta a melhor solução para o País. Com uma diferença; desta vez não precisou de chamar a Belém toda a gente para se aconselhar...!2005 vai, pois, ser ano de dois actos eleitorais. Até às legislativas teremos apenas Governo de gestão: abranda o investimento público, o orçamento é gerido por duodécimos, páram as negociações de aumentos para a função pública.
Para País em crise, não está mal!
Nota: Ouvi a comunicação de José Sócrates. Fixei o nome de António Vitorino.

Luis Silva

Infectarei...

Agradeço o convite no Luís para participar, com muito gosto, neste blog aberto.
Tomando como referência um artigo de jornal que li esta semana, direi que este blog tem pretensões a ser novo, sem referências.

Não terá vergonha a não ser estar parado.
"Afastem-se por favor, que a porta está aberta"!
Obrigado Luís


Carlos Tavares


Um blog acima de tudo bem escrito

Benvindos a Deleites pensamentos.
Este blog terá vários autores que ao longo da sua existência participarão com artigos da sua autoria no enriquecimento da própria lingua portuguesa e na arte de comentar a actualidade no país e no mundo. Será uma caixinha de surpresas agradável.
Vou convidar vários bloguers a participar enviando-lhes um mail com o username e a password deste blog, para desta forma livre cada um diariamente ir colocando e enriquecendo este diário global. Acima de tudo a voluptuosidade das palavras será uma marca.
Todos os dias a frase que andará na cabeça dos nossos leitores será: "quem é que hoje escreveu no blog?".
Aos literatos convidados pede-se apenas que assinem cada artigo da sua autoria e para mantermos uma uniformização solicita-se que o tamanho da letra seja "small".