março 25, 2009

Final da histório do Pinóquio


Pinóquio VIII
A história do pinóquio (nome fictício) tem oito capítulos e vai desde 25 de Outubro de 2006 até Dezembro de 2008. ( Ver os oito capítulos )
O regresso de pinóquio apanhou os professores de surpresa e deixou todos espantados. Deixaram de acreditar nas instituições que têm a seu cargo estes casos problemáticos, é de lembrar depois de tantos processos a nível disciplinar, de ameaças aos colegas, faltas de respeito a professores e auxiliares, tinha sido encaminhado pela via dum mandato do tribunal para outra escola, com um currículo mais prático de acordo com as suas necessidades específicas a pensar na sua plena integração.
Regressou à escola, diz-se que o pai assinou a vinda para a escola da sua área de residência, até parece que nestes casos a lei não é para cumprir e joga a favor daqueles que não cumprem e por isso a escola teve que se preparar para um miúdo problemático que não gostava nada da escola.
Foi-lhe arranjado um plano específico para que ele frequentasse só algumas aulas, uma tutora, para o ajudar na sua organização e nas aprendizagens básicas que ele tanto necessitava. Mas Pinóquio como filho do vento que era, as paredes duma sala de aula eram como uma prisão e raramente aparecia nas aulas. Quando aparecia numa sala era para criar distúrbios e faltar ao respeito aos professores.
No recreio era o terror, ameaçava os colegas com tudo o que tinha à mão para conseguir o que queria. Até que um grupo de pais se juntou e fez uma participação colectiva para se tomar medidas contra o pinóquio para que ele deixasse os seus filhos em paz, já que muitos começavam a ter medo de ir para a escola.
Mais uma vez Pinóquio e depois de várias participações dos auxiliares e professores, foi chamado ao Conselho Executivo para tomar conhecimento da pena que ia ter devido ao seu comportamento. Depois disto e dando conhecimento às instituições que deviam tratar destes casos, foram chamados pela “protecção de menores” o Director de Turma, o Presidente do Conselho Executivo, a Interlocutora do Agrupamento para os alunos em risco de abandono e alguns pais, sendo-lhes comunicado que nada podiam fazer porque se trata de um menor e as acusações contra ele, juridicamente, não eram superiores a três anos de pena, e embora ele tivesse várias, não eram acumuláveis.
Pinóquio podia continuar a fazer o que fazia porque estava imune à lei, por força de ser menor e também porque as queixas apresentadas pelos pais não eram para dar seguimento. Ora aqui está um dos calcanhares de Aquiles dos tribunais, para dar seguimento às queixas os pais tinham que perder os seus dias de trabalho sempre que fossem chamados, como diz uma mãe: gastei dinheiro num táxi, perdi o dia de trabalho na apanha da azeitona, desisti da queixa porque preciso de alimentar a família. E assim vão os pinóquios infestando as escolas sem regra nem lei que os possa suster.
Mas todas as histórias têm um fim e parece que o Pinóquio, depois da pena que a escola lhe aplicou, continuou a fazer das suas fora da escola e foi levado para um Centro Educativo, onde vai permanecer até que seja reeducado conforme o previsto na lei.
Estas histórias “dos Pinóquios” só demonstram a incapacidade das escolas para dar resposta a este tipo de miúdos e o que toda a comunidade educativa sofre até que sejam encaminhados.
Por Arte por um Canudo 2

março 06, 2009

O Regresso do Pinóquio



Regresso do Pinóquio VII

Pinóquio VII
Já muito se escreveu sobre ( Pinóquio I ), ( Pinóquio II , ( Pinóquio III ) e (Pinóquio IV), nome fictício dado ao aluno, que regressou e se vai arrastando novamente na escola sem regra nem lei.
Pinóquio é um aluno que vem de uma família desagregada e cuja família vive do rendimento de inserção social.
Pinóquio não pode justificar o seu ambiente familiar, para ser um aluno violento, cruel, mentiroso, larápio, sem princípios e perturbador do bom funcionamento da sala de aula. Tem todos os maus vícios que qualquer adulto sem princípios poderá ter: fuma, diz asneiras, faz chantagem com os colegas, traz utensílios proibidos para a escola e não respeita funcionários e professores.
Começa assim a sua primeira história em 25 de Outubro de 2006 e passados 2 anos continua na mesma. Pinóquio em Junho de 2007, através de um mandato do tribunal foi para outra escola, com um currículo mais prático de acordo com as suas necessidades específicas a pensar na sua plena integração. Mas Pinóquio cresceu ao sabor do vento tendo como família os grupos que o ensinaram a desenrascar-se em certas situações. Não teme a lei nem aceita as regras da sociedade. Por isso, pinóquio na nova escola continuou a fazer aquilo que lhe apetece. Faltava às aulas, não acatava ordens de ninguém e até foi proibido de entrar em vários locais onde se situava a escola. Para ele tudo se podia comprar sem pagar. A escola e as grandes superfícies de comércio estavam em estado de alerta.
Quando houve oportunidade a escola para onde ele tinha sido enviado através do tribunal, recambiou-o novamente para a sua escola de origem.
É produto do meio e a escola da sua área de residência terá de o aguentar enquanto estiver dentro da escolaridade obrigatória. As instituições vocacionadas para estes casos que tanto apregoam a forma de lidar com estes alunos ficaram sem soluções.
Pinóquio agora está no seu meio e vive como peixe na água. Falta às aulas, salta a vedação da escola, fuma, bebe álcool, ameaça os mais novos, faz o que lhe apetece e nada o atemoriza.
Como é que o pinóquio tem dinheiro para estes vícios é que ninguém sabe mas é de desconfiar.
O mais grave é que já tem um seguidor e os dois juntos estão a deixar a pacata escola em estado de alerta.

Do Arte por um Canudo 2