Falta de saudação dá bronca.
Um soldado da Brigada de Trânsito de Abrantes multou um tenente-coronel da GNR por este ter parado a viatura na berma da auto-estrada A23. Um mês depois foi-lhe instaurado um processo disciplinar por não ter ‘batido a pala’ ao seu superior hierárquico.
O militar da BT-GNR é acusado de “não se ter apresentado ao superior como era seu dever” e de o ter tratado “pela sua condição de condutor e nunca pelo posto que detém”, violando assim o “dever de correcção” ao não ter feito a continência.O oficial superior, que comanda um Grupo Territorial da GNR, viajava à civil, acompanhado da mulher e de outro indivíduo, e estava a falar ao telemóvel quando foi abordado, em Novembro de 2004, por uma patrulha da BT-GNR de Abrantes.Um dos soldados pediu-lhe a identificação e informou-o de que iria ser multado por ter parado na berma da A23, o que constitui uma infracção grave ao Código da Estrada.O tenente-coronel terá mostrado reticências em dar a documentação pessoal e do veículo, mas acabou por assinar o auto de contra-ordenação.Em Dezembro, o autuante foi surpreendido pelo processo disciplinar. No início deste mês recebeu a nota de culpa e agora tem 20 dias para explicar por que não fez uma apresentação formal ao oficial superior, abordando-o como a um condutor ‘normal’.
Um soldado da Brigada de Trânsito de Abrantes multou um tenente-coronel da GNR por este ter parado a viatura na berma da auto-estrada A23. Um mês depois foi-lhe instaurado um processo disciplinar por não ter ‘batido a pala’ ao seu superior hierárquico.
O militar da BT-GNR é acusado de “não se ter apresentado ao superior como era seu dever” e de o ter tratado “pela sua condição de condutor e nunca pelo posto que detém”, violando assim o “dever de correcção” ao não ter feito a continência.O oficial superior, que comanda um Grupo Territorial da GNR, viajava à civil, acompanhado da mulher e de outro indivíduo, e estava a falar ao telemóvel quando foi abordado, em Novembro de 2004, por uma patrulha da BT-GNR de Abrantes.Um dos soldados pediu-lhe a identificação e informou-o de que iria ser multado por ter parado na berma da A23, o que constitui uma infracção grave ao Código da Estrada.O tenente-coronel terá mostrado reticências em dar a documentação pessoal e do veículo, mas acabou por assinar o auto de contra-ordenação.Em Dezembro, o autuante foi surpreendido pelo processo disciplinar. No início deste mês recebeu a nota de culpa e agora tem 20 dias para explicar por que não fez uma apresentação formal ao oficial superior, abordando-o como a um condutor ‘normal’.
PATRULHEIROS PREOCUPADOS
O processo disciplinar instaurado ao soldado de Abrantes que autuou o oficial está a criar mal-estar entre os patrulheiros da BT-GNR, que entendem que o militar se limitou a cumprir o seu serviço. Em jeito de desabafo, um militar, que pediu o anonimato, disse não se sentir “à-vontade para fazer qualquer serviço”, por recear que uma fiscalização de rotina resulte num processo disciplinar. Recorde-se que a semana passada, em Évora, dois militares da BT-GNR queixaram-se ao Ministério Público de outro tenente-coronel da GNR, acusando-o de desrespeito e injúrias quando o mandaram parar por desrespeito ao Código da Estrada.
in - (Correio da Manhã Link)
LS
3 comentários:
Desejos de uma Feliz Páscoa para a toda a equipa
Perfeitamente natural neste país :(
Pois... e assim se consolida a ideia de que há intocáveis neste país... Vergonha ninguém tem!
O Sr. Tenente Coronel, se tivesse um pingo de decência, deixaria a coisa pela contra-ordenação e mais nada.
Seria interessante perceber o desenvolvimento desta história. Se a coisa concluir com a condenação do soldado, ainda por cima nesta altura em que o governo quer dar a ideia de máxima rigidez em relação às violações do código da estrada, só pode consolidar-se a ideia de que somos um país sem remédio, quase de opereta, cheio de peitos valorosos, condecorados no 10 de Junho, a quem ninguém dá valor!
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