abril 17, 2009

Ameaça de neblina paira na Educação.


Pairam no ar nuvens cinzentas prontas a transformarem-se em negras neste 3º período de aulas, final de ano lectivo, se as ameaças se concretizarem.
Os sindicatos dos professores ameaçam realizar novas manifestações para o terceiro período deste ano lectivo, que começou esta terça-feira, devido à avaliação docente e revisão do Estatuto da carreira.
A Plataforma Sindical dos Professores declarou a possibilidade de convocar uma greve nacional contra as políticas do Ministério da Educação para a semana que termina a 16 de Maio e uma outra que se deverá realizar também no terceiro período, adianta a Lusa.
Na semana de 20 a 24 de Abril, os sindicatos vão realizar uma consulta geral aos professores de todas as escolas do país, com objectivo de ouvir os docentes sobre a revisão do Estatuto da Carreira Docente e o modelo de avaliação.
Avaliação dos professores é uma fraude, diz Paulo Guinote, autor do blog «A Educação do Meu Umbigo», que vai lançar livro homónimo. Na entrevista dada ao tvi24.pt, afirma que “O ataque ao sistema de avaliação dos professores foi uma das suas bandeiras. «Seja qual for o desfecho que tiver estas lutas nada seria como dantes. O clima das escolas está muito pior do que há quatro anos e isso não teve nenhuns reflexos positivos junto dos alunos, principalmente porque houve um desgaste na escola, enquanto instituição. Todo o processo devia ter sido conduzido doutra forma, porque o que existe neste momento é muito cansaço e desgaste», vincou Paulo Guinote, que não tem problemas em ser implacável.
O principal cavalo de batalha do Mistério, na prática, foi perdido. Este processo de avaliação é uma farsa, uma absoluta fraude, porque o simplex transformou a avaliação numa coisa que não sabemos o que é. Foi um processo não deu em nada, não trouxe vantagem nenhuma às escolas, trouxe enorme conflitualidade e ninguém está a dar melhores aulas, nenhuns alunos estão a aprender mais por causa disto.[1]
O Movimento Promova vai propor a garantia de apoio jurídico aos professores que, em coerência com os seus princípios, não participem em nenhum acto relacionado com este modelo de avaliação e, em conformidade, não entreguem a Ficha de Auto-avaliação, substituindo-a por um Relatório Crítico.

Entretanto a avaliação continua e vai-se entrar na 2ª observação de aulas assistidas (apesar das nuvens que pairam no ar) à espera doutros sinais que clarifiquem a situação.


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