dezembro 31, 2004

Ano velho macacão!.

Lembrar o que o ano de 2004 trouxe de bom, por mais que se tente, dificilmente se encontra algo de positivo, mas pelo contrário de negativo é uma lista longa que dificilmente será esquecida:
- Espanha, um atentado da Al-Qaeda mata 202 pessoas e fere 1.500;
- Federação Russa, no 1º dia de aulas separatistas Tchetchenos fazem reféns 1.100 pessoas numa escola entre pais, professores e alunos e no assalto para libertação dos reféns pelas tropas Russas, morrem 300 pessoas de entre as quais 156 são crianças;
- Sudão, 70.000 pessoas são chacinadas com o apoio do governo local numa luta entre etnias e o Ocidente e os EUA mantêm-se indiferentes apesar dos avisos das organizações humanitárias;
- África, foi divulgado relatório que morreram 2 milhões de pessoas no ano de 2004 com Sida;
- Sudeste Asiático, um Terramoto seguido de um Tsunami destrói toda esta zona e faz até agora 120.000 mortos e segundo algumas fontes a maioria são crianças.
Recordar é lembrar para que não volte acontecer, mas neste caso só posso dizer que os Deuses e os Homens devem estar Loucos!
Que o Ano de 2005 traga a Paz, o Amor, a Solidariedade, a Justiça e que dê Sabedoria aos homens para estudar e prevenir esta e outros tipos de catástrofes.
Ag.

dezembro 29, 2004

que DEUS é este?

As minhas reflexões sobre a existencia de Deus, não são de hoje. O tal ser superior que nos domina e a quem tememos, desilude-me a cada catástrofe. Porque são justamente os mais infelizes e pobres que sofrem a ira, revoltante, do criador.
Sei que choco. Sei que esta matéria não deveria ser tratada, se calhar, tão levianamente. Mas a revolta não pode ser contida quando a pesada mão do "todo poderoso" provoca mais vítimas que todas as Hiroshimas juntas. Que Deus é este? Um Bush sem rosto que está em todo o lado? Um Salomão de espada em riste? Um ditador que mata aqueles que o adoram? Que Deus é este? Omnipresente,Omnisciente e Infinitamente Bom?
Que Deus é este?
JC - sem equivocos.

dezembro 28, 2004

É a isto que chamam informação?

Em todos os canais televisivos nacionais, as noticias afirmaram HOJE que o número de mortos em consequência directa do sismo e maremotos no Sudeste Asiático e África, rondam os 67000, em contrapartida as Nações Unidas afirmam HOJE que o número de mortos do sismo de domingo e consequentes maremotos possa ascender aos 200 mil...
Afinal qual é a informação mais próxima da realidade?
LS

dezembro 27, 2004

Nem o Pai Natal!

Não haja dúvidas que na arte de enganar somos uns peritos. Andamos a camuflar o défice há uns anos e Bruxelas que até nos julga uns coitadinhos, não vislumbra que o nosso défice não é real e assim está a ver alhos por bugalhos. É que na arte de enganar ninguém nos leva a perna e até a própria comissão europeia tem que arranjar novos critérios para o défice dos países que a compõem, porque com estes critérios nós portugueses, já lhes demos a volta e conseguimos manter o défice abaixo dos 3% sem para isso termos que ser mais produtivos.
Realmente somos bons quando queremos! Até Bruxelas diz que “somos um exemplo”! É todos os anos a mesma coisa, falseamos a verdade com subterfúgios num défice abaixo dos 3% ou seja, o tecto imposto por Bruxelas, mas que na realidade se situa muito acima desses 3% e o povo português sabe-o muito bem, porque o tem sentido na pele.
Mas porque é que Bruxelas aceita estas contas? Estaremos nós a fazer deles parvos ou estarão eles a pensar o mesmo de nós?
Por este andar não há Pai Natal que nos valha….
Ag.

dezembro 23, 2004

Natal sem complexos

Como complemento às tradições natalícias, todos os anos se aborda o tema da suposta pretensão de erradicar do espaço público os sinais cristãos que evocam a época que estamos a celebrar. Em países de antiga tradição cristã, em nome do “politicamente correcto” querem impor umas festas “insípidas”, ou seja, sem anjos nem presépios, não vá acontecer que estas coisas aborreçam alguém. Admitem-se no entanto, paisagens nevadas, as luzes coloridas e as renas de Santa Klaus. Mas nada de referências religiosas.

Os laicistas alérgicos aos cânticos de Natal populares e às figuras do presépio asseguram que os move o respeito às minorias religiosas e culturais. O curioso do assunto é que os membros dessas minorias não ficam aborrecidos em absoluto com os símbolos cristãos do Natal. Pelo contrário, alegram-se ao ver no espaço público sinais de religiosidade, ainda que seja a de outros. Como escreveu um advogado muçulmano Waleed Aley em “The Australian” (7.XII.04), onde defende que a tendência a descristianizar o Natal não favorece a tolerância nem o diálogo entre as culturas. “Às minorias religiosas interessa-lhes que se respeite e proteja o direito à expressão religiosa. E isto, desde logo, é um direito que corresponde também às maiorias".

Na sua opinião, “uma campanha contra o Natal é mais própria do ateísmo radical que dos muçulmanos”. Aley defende manter o sentido cristão do Natal precisamente em nome da tolerância. “A ideia de restringir as expressões religiosas é muito mais ofensiva que qualquer símbolo natalício”. “As sociedades tolerantes constroem-se desde a diversidade cultural e desde o encontro das distintas expressões religiosas, celebrações incluídas (...). Negar o espírito cristão no Natal ou, pior, suprimi-lo, não ajuda ninguém. Não é multiculturalismo. É anticulturalismo”, conclui.

Também nos Estados Unidos houve alguns casos de escolas ou municípios que suprimiram os cânticos de Natal ou símbolos religiosos para não aborrecer outras religiões. Charles Krauthammer comenta no “The Washington Post” (17.XII.04): “As tentativas de descristianizar o Natal são tão absurdas como cruéis. Os Estados Unidos são hoje a sociedade mais tolerante e heterogénea da história. Celebra todas as religiões com um coração e uma mente tão abertas que, comparada com os mais avançados países europeus, é única”
Esta diversidade leva inclusive a admirar outras festas não cristãs. Krauthammer diz sentir-se “divertido e satisfeito ao ver como a cultura americana engrandeceu a importância do Hanukah, a menos importante das sete celebrações judaicas, convertendo-a num evento maior com felicitações, presentes e comemorações públicas, como um modo criativo de dar aos judeus o equivalente do Natal".

Aos poucos pais que querem proibir os cânticos de Natal nas escolas porque temem que os seus filhos se possam sentir “diferentes” e “incomodados” por ouvirem tais canções cristãs, Krauthammer pergunta-lhes: “Que identidade religiosa tão frágil legaram aos seus filhos se temem que se vejam ameaçados por ouvir estas simples canções?"

Um pinheiro numa escola laica

Na laica França, a luta contra o véu islâmico na escola leva a alguns alunos a ver símbolos religiosos inclusive onde não existem. Num liceu de Lagny-sur-Marne, onde como todos os anos se tinha colocado uma árvore de Natal na entrada, duas alunas foram protestar junto do director pela presença de um símbolo que, na sua opinião, contradizia o princípio da laicidade. O director assegurou que não era um símbolo religioso mas, para evitar conflitos, retirou a árvore. Aborrecidos por esta decisão, numerosos alunos colocaram por sua conta e risco uma árvore no pátio e encarregaram-se de a engalanar.

Para atenuar o conflito, um grupo de professores teve de preparar um comunicado no qual recordava aos alunos que “a utilização do pinheiro como símbolo de vida ou de renascimento, depois do solstício de Inverno, é muito mais antigo que o cristianismo”. Posso concluir que perante isto nunca será demais estudar um pouco de religião na escola. O pinheiro expulso voltou ao refeitório para decorar a tradicional refeição de Natal.

A que não tem o menor complexo antinatalício é a ministra da educação italiana, Letizia Moratti, que dirigiu uma carta a todos os directores de escola animando-os a manterem os símbolos natalícios nos centros escolares. A ministra recordou que, juntamente com o Natal de luzes e presentes, “há outro Natal, o da tradição do presépio, o Natal que nos recorda o nascimento de Jesus, nascido numa gruta para trazer à terra uma mensagem de amor, o amor mais sublime, o amor dirigido a todos, também ao que está longe, a quem não ama, o amor mais extremo levado até ao sacrifício da morte”.

“O significado do Natal, tanto para o crente como para o não crente, é esta mensagem do valor universal do amor, daquele amor disposto a dar tudo sem pedir nada”, acrescenta Moratti. E ao tratar-se de se respeitar as identidades culturais, a ministra vai ainda mais longe ao afirmar que “sem respeitar a nossa história, as nossas raízes, não podemos compreender e respeitar os valores de quem tem uma história distinta da nossa”. De modo que, conclui apelando ao sentido universal do amor manifestado no Natal: “Não tireis das escolas o símbolo do amor da vida aos nossos estudantes, procurai ajudá-los através do presépio a compreender a sua importância e a vivê-lo no seu mais profundo significado, o mais verdadeiro, o mais puro”. Multicultural e desinibida esta Moratti.


CT

dezembro 21, 2004

Carta ao Pai Natal!

Caro Pai Natal.
Como sabes o meu país entrou numa situação que não sabe o que quer, por isso pedia-te que faças uns pequenos milagres:
- Que ilumines as memórias dos nossos governantes para saberem sair da crise;
- Que a Europa feche os olhos e deixe alugar os imóveis para combater o défice, porque senão mais uma vez os trabalhadores vão pagar as favas;
- Que os nossos políticos deixem dos ataques e calúnias uns aos outros e juntos combatam o laxismo e a corrupção;
- Que os nossos “empresários” deixem de estar dependentes dos subsídios do estado e passem eles a criarem mais emprego;
- Que as listas de espera nos hospitais acabem realmente para que todos os doentes tenham igualdade nos tratamentos e cuidados de saúde;
- Que a autonomia das escolas seja verdadeira e deixem o faz de conta;
- Que a justiça seja isenta, eficiente e eficaz para acabar com o mal-estar de que os poderosos não são punidos;
- Que nos deixemos de vangloriar com entradas no guiness book e tratemos realmente do que o país precisa.
Como vês Pai Natal são pequenos milagres mas vão-te dar muito trabalho!..

Ag

Imprecisões


Na hora do balanço final a Sociedade Euro 2004, responsável pela organização do Europeu de Futebol, estima ter alcançado um lucro de 3 a 4 milhões de euros. O bom trabalho realizado mereceu, também., os parabéns por parte da UEFA.
Calma lá! ou deu 3 ou deu 4 milhões de lucro. Os portugueses exigem saber os resultados exactos das contas finais, porque uma diferença de 1 milhão de euros é muito dinheiro.
Que se apure até ao ultimo cêntimo e que tornem as contas públicas!!!
LS

dezembro 18, 2004

Inovações!

Despedida de solteiro/a é o mais comum e acontece quando alguém está para casar e faz uma festa de despedida com os amigos. Despedida de casados é que é uma inovação! Não haja dúvida que Santana Lopes e Paulo Portas não nos param de surpreender, depois do filhote na incubadora, a separação e depois das eleições o casamento novamente. Isto com mais uma inovação que é, mesmo não sendo o partido mais votado nas eleições o PSD de Santana Lopes vai pressionar o Presidente da República para formar governo junto com o PP de Paulo Portas.
Nunca tal se ouviu e também não creio que o Presidente da República caia na asneira, já que tem sido ao longo dos anos de país democrático que o partido convidado pelo Presidente da República para formar governo é e sempre foi o partido mais votado.
Por isso ou Santana Lopes e Paulo Portas acreditam num milagre ou então vão apresentar outra inovação!

Ficamos à espera do que nos trazem os ventos…
Ag

dezembro 17, 2004

As sondagens valem o que valem




Quando se apresentam sondagens deste género e apesar de servirem como "presunções" nunca se deve partir de principios deste género "...presumindo que os 9,8% que responderam NS/NR, se abstêm", porque se quem fez a sondagem partir do principio que PS terá 48%, PSD terá 33,3%, PP terá 6% e se realmente se confirmar o acordo entre PSD e PP pós eleições, então os resultados desta sondagem são claros: PS - 48%, PSD e PP - 39,3% e se os 9,8% não se abstiverem e votarem PSD e PP? aí teremos o seguinte resultado final:
PS - 48%, PSD e PP - 49,1%.
Desta forma teremos novamente o mesmo Governo !!!
Por isso eu digo, as sondagens valem pelo que valem dependendo sempre da interpretação que se lhes dá.
LS

dezembro 16, 2004

Bibi disse hoje em tribunal que foi violado por um padre?!?

Carlos Silvino, que falou sem a presença dos restantes arguidos, centrou-se na sua infância na Casa Pia, onde disse ter entrado em 1960 e ter sido violado consecutivamente entre os quatro anos e meio e os 13 anos de idade por "dois professores, dois educadores, cinco alunos mais velhos e um padre". Disse ter sido violado "praticamente todos os dias à noite" e que lhe tapavam os olhos e o amarravam à cama.
Eu não acredito que um Padre tenha feito isto...

LS

dezembro 14, 2004

EDUCAÇÃO ESPECIAL: REFLEXÃO OU UM DESABAFO...

A escola actual tem de promover TODOS e cada um, tem de fomentar o êxito e valorizar as diferenças.
Uma escola para todos só pode ser entendida se tiver recursos para a todos atender. Enquanto Docente Licenciada no 1ºciclo e Especializada em Educação Especial, a desempenhar funções de Apoio Educativo preocupam-me as questões relevantes ao Bom Atendimento dos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) e/ou deficiências face à realidade que observamos no dia-a-dia, as práticas educativas e o desempenho do professor titular de turma que integram alunos com problemas graves/deficiências, nomeadamente Deficiência Mental, no âmbito das sensibilidades específicas de intervenção adequadas à diferenciação. Actualmente em Portugal, a Educação Especial (EE) está a atravessar um período de mudanças. Mudanças que, à partida poderão trazer benefícios para as crianças e jovens mas também irão questionar algumas práticas educativas. Outra preocupação crescente decorre do aumento do acesso à educação, com implicações no desenvolvimento da eficácia do sistema educativo, na tentativa da resposta mais eficaz à diversidade isto é, a melhor qualidade do ensino para todos os alunos. Muitas destas preocupações exigem, por parte das várias entidades: Estado, Escola, Família e Comunidade, um conjunto de responsabilidades, de medidas legais e diferentes orientações, face aos novos conceitos que caracterizam a Escola Inclusiva (EI), uma vez que o princípio de Inclusão tem como primeiro objectivo uma igualdade de oportunidades, para todas as crianças e jovens com NEE, com garantia de lhes ser proporcionada a educação no quadro do sistema regular de ensino. Esta conjugação de esforços é fundamental na "inclusão" destes alunos na Escola Regular, para ser possível mudar atitudes e práticas pedagógicas, conseguindo-se deste modo construir a tal "escola inclusiva" de que tanto se escreve e fala.
Em relação à questão da inclusão de crianças com Deficiência Mental preocupa-me como professora "inquieta" e "atenta" saber:
· Como podem os professores assegurar uma aprendizagem de sucesso na Escola Inclusiva?
· Que conhecimento científico têm os professores do ensino regular sobre deficiências e/ou NEE, para perceber minimamente a problemática que caracterizam especificamente estes alunos?
· Se estão sensibilizados e disponíveis para alterar o papel do professor, que se pretende mais activo no processo ensino-aprendizagem, que a EI preconiza?
· Se aceitam a "diferença" assegurando uma aprendizagem de sucesso, procurando aperfeiçoar e adquirir competências pedagógicas capazes de responderem às necessidades destas crianças?

Quero acreditar que a Escola Inclusiva não é uma utopia.
A Escola do Futuro só pode ser tão boa quanto os seus profissionais.
Eu...nós professores de educação especial estamos conscientes que, para se desenvolver uma verdadeira "Escola Inclusiva", considerada uma "Escola de Qualidade", uma "Escola de Todos e para Todos", onde haja efectivamente igualdade de oportunidades educativas e sociais, ainda temos de enfrentar muitos desafios políticos, económicos, sociais e culturais face à Educação.
"A Educação é uma forma de intervenção no mundo. (...) Implica tanto o esforço de reprodução da ideologia dominante quanto o seu desmascaramento.
(Ela é) dialéctica e contraditória (...)"
Paulo Freire, 2000

Enviado por mail, por uma leitora devidamente identificada

LS

Qual terramoto?

Depois do excelente post que o JC pôs sobre terramotos e depois de ver e ouvir as notícias fiquei surpreendido por ter havido um sismo e eu não me ter apercebido. Então pensei, onde estaria? Estava com uma turma dum 5º ano do 2ª ciclo e logo apercebi-me porque não tinha sentido o sismo. É que estar a dar aulas a turmas do 5º ano é como estar em constantes terramotos. Estas turmas são constituídas por uma heterogeneidade de alunos com diferenças muito acentuadas a nível de aprendizagens e comportamentos. Parte dos alunos não têm regras e por mais que se alertem os pais, as coisas não melhoram, porque alguns pouco se importam com o comportamento dos filhos. São regras básicas que em casa não têm e transportam-no para a escola, estando esta em constante alvoroço (participações de todo o feitio).
Também existem os alunos com deficiências mentais que estão integrados nas turmas e que para os manter ocupados ou tentar acalmá-los leva a que haja perturbações na turma e a furar algumas regras que aos outros não são permitidas. Um deles que a qualquer momento começa a gritar que quer ser “bombeiro” e quantos estratagemas já não foram tentados para o manter calado e quieto. Outro que resolve gritar que quer dar uma “queca”, o que se pode fazer sem alterar o normal funcionamento da aula? Depois há os que dizem, professor se o Paulo pode falar assim porque é que eu não? No meio deste panorama existem aqueles que até são interessados e querem ir mais longe só que…é preciso atender a todos.
Não me admira por isso, uma notícia no Primeiro de Janeiro que dizia que o ensino público está a perder alunos para o ensino privado. É que as regras são outras e quando as coisas não estão bem têm o poder de alterá-las.
Pois, com uma barafunda destas como podia sentir o sismo!..

Ag

dezembro 13, 2004

terramotos.

O País treme. Dizem que hoje, pelas 14. (e picos) o País tremeu. Não senti nada. Tenho sentido sim, nos ultimos tempos, a grandes abalos nas instituições. Corrupção sem limites e a todos os níveis (grau + na escala de Richter). Vergonhas Nacionais. Miséria social e política. Justiça, Emprego, Formação, Dinheiros Públicos, Saúde, Governos, Polícias, Habitação, Banca, Fundos Comunitários, Casa Pia, Droga, Assaltos, etc.etc.
O melhor será perguntar: " o que é que não treme em Portugal ?"
Depois de tudo isto e dos sucessivos abalos ainda apetece questionar: "O País está de pé?"
JC

dezembro 12, 2004

Pobre país o nosso que chama a um burro...PAVAROTTI

A TV dos "Analfas".
A nossa ET colocou num post anterior um tema para reflexão relacionado com os (poucos) hábitos de leitura dos portugueses. Ao fazê-lo levou-me a escrever sobre a TVI e o Pavarotti.
Temos todos o dever de criar nas nossas crianças e jovens bons hábitos de leitura que os levem cada vez mais a pensar a nossa lingua, a nossa cultura e a interpretarem de melhor forma o próprio mundo. Sabemos que maior parte dos autores leccionados nas escolas a começar pela primária até ao ensino superior, são autores do séc.XVIII e XIX, logo defendendo teorias que nos dias de hoje não se aplicam à realidade. Exemplo disto é o facto de ainda ensinarem aos nossos jovens as teorias de Marx, de Freud, de Einstein e tantos outros que já nos esperam no outro mundo, há mais de um século. Quando se fala ou escreve do poder que as novas tecnologias têm nos dias que correm e se criticam os jovens por passarem tempo de mais na internet, quem o faz não sabe o que diz. A internet bem aproveitada pode incutir nesta juventude o gosto pela leitura, o gosto pelo descobrimento, o gosto pela investigação. Hoje em dia é mais fácil um jovem ler noticias pela net, por exemplo, do que comprar um livro ou um jornal para ler.
Defendo mais que um jovem passe uma hora na net por dia, porque pelo menos anda a ler qualquer coisa, do que passe uma hora a ver a quinta das celebridades e aquela apresentadora "desgronhada" a falar com um burro a quem a produção decidiu chamar Pavarotti, conseguindo passar para a opinião pública, nomeadamente crianças, a ideia que Pavarotti é um burro e é assim que será para sempre lembrado por algumas gerações que nunca tiveram a oportunidade de saber que Pavarotti é na realidade o maior e mais conceituado tenor do mundo.

LS

A importância do que se lê

Hoje proponho para reflexão um texto de Aldinida Medeiros:
«"Os prazeres da leitura são múltiplos. Lemos para saber, para compreender, para reflectir. Lemos também pela beleza da linguagem, para nossa emoção, para nossa perturbação. Lemos para compartilhar. Lemos para sonhar e para aprender a sonhar..."; donde podemos concluir que a leitura é imprescindível à vida do ser humano, visto que ela não é apenas um meio de aquisição de informações, mas sim, uma das molas propulsoras do conhecimento, no sentido mais amplo dessa palavra. (...)
Diante de tal afirmação, é premente que afirmemos a necessidade de formarmos bons leitores. Desde a idade mais tenra é necessário estimular boas leituras, propiciar aos leitores obras que lhes abram os horizontes à reflexão. Embora a actualidade não favoreça a isso, pois os livros têm actualmente concorrentes poderosos, que não existiam antes: o cinema, a TV, mais modernamente os "games", o computador, sobretudo a Internet. Usados na medida certa, sem exageros, esses instrumentos de diversão favorecem a formação das crianças, despertando-lhes mais rapidamente atitudes de perspicácia.
Entretanto, o que acontece é que já faz algum tempo que as crianças e adolescentes deixaram totalmente os livros de lado, dedicando-se somente ao mundo eletrónico-cibernético. Nesse caso, estamos há algumas boas décadas criando uma cultura de leitores de massa, de não-leitores, enfim, de pessoas afundadas na cultura de massa, por falta da formação de bons hábitos de leitura.»
ET