primeira: ISTO NÃO É CAMPANHA
segunda: UM BOM PRESIDENTE DA REPÚBLICA
janeiro 31, 2005
janeiro 29, 2005
Sondagens!
Parece ser mais uma cambalhota!
Nunca até hoje e porque as eleições de 20 de Fevereiro estão próximas, tal se vira disto! Mas afinal o que se passa com os partidos e as sondagens? Até agora, só tínhamos os partidos mais pequenos a não acreditarem nas sondagens, partidos como o PP, o PCP, o BE, o MRPP, etc., que diziam que não acreditavam nas sondagens, porque tinham dados diferentes dessas mesmas sondagens, dados estes das suas próprias sondagens, enquanto que os partidos maiores nomeadamente, o PS e o PSD, diziam que eram indicadores a ter em conta. O que acontece agora é que o PSD e porque as sondagens não lhe são favoráveis, contesta os organismos dessas mesmas sondagens, rotulando-as “ao serviço de….”. A questão que se põe é esta! Serão as sondagens divulgadas pela Universidade Católica, Público ou Visão, credíveis ou não? Se não forem estas entidades credíveis com que indicadores havemos de nos basear para qualquer estudo de opinião? Devemos de nos basear nas sondagens por nós encomendadas? Creio que não! Então porque será que o PSD de Santana Lopes, tanto combate as sondagens? A resposta só pode ser uma:
Está-se a tornar um pequeno partido.
Ag
Nunca até hoje e porque as eleições de 20 de Fevereiro estão próximas, tal se vira disto! Mas afinal o que se passa com os partidos e as sondagens? Até agora, só tínhamos os partidos mais pequenos a não acreditarem nas sondagens, partidos como o PP, o PCP, o BE, o MRPP, etc., que diziam que não acreditavam nas sondagens, porque tinham dados diferentes dessas mesmas sondagens, dados estes das suas próprias sondagens, enquanto que os partidos maiores nomeadamente, o PS e o PSD, diziam que eram indicadores a ter em conta. O que acontece agora é que o PSD e porque as sondagens não lhe são favoráveis, contesta os organismos dessas mesmas sondagens, rotulando-as “ao serviço de….”. A questão que se põe é esta! Serão as sondagens divulgadas pela Universidade Católica, Público ou Visão, credíveis ou não? Se não forem estas entidades credíveis com que indicadores havemos de nos basear para qualquer estudo de opinião? Devemos de nos basear nas sondagens por nós encomendadas? Creio que não! Então porque será que o PSD de Santana Lopes, tanto combate as sondagens? A resposta só pode ser uma:
Está-se a tornar um pequeno partido.
Os próprios socialistas não acreditam
Os resultados das sondagens hoje apresentadas são no minimo RIDICULOS!!!
Em mais um belo jantar onde hoje participei tive a honra de me sentar junto de 2 convivas socialistas. Não os conhecendo pessoalmente, mas todos movidos pelo espirito daquele jantar onde partcipávamos, o diálogo era inevitável. Começámos por falar da vitória do Benfica contra o Sporting, passando pelo caso Casa Pia, Apito Dourado etc,etc,etc, até que chegámos onde eu quis. Politica meus amigos. Nestas coisas e uma vez que não nos conheciamos sabem como é, lá vamos dando as nossas opiniões a ver qual é o primeiro a abrir o jogo, ou seja a dizer a que partido pertence. Ao fim da primeira frase de um deles logo vi de que lado vinha o vento, pois começou-me por dizer: "sabe, o Freitas até tem razão...". Ora no actual momento politico uma pessoa que diz isto, não pode ser do PSD ou do CDS. Ai sim e tem razão porquê? resposta: "porque ele sabe se der o seu apoio ao PS nestas eleições que será Presidente da República, porque nestas coisas ninguém dá nada a ninguém..."Então mas vocês lá no PS não têm candidato à altura para esse cargo? é preciso irem buscar um homem da direita? resposta: "Sabe nós até temos (aqui abriu o jogo) mas ele quer manter o seu lugar na Europa que é o Vitorino o homem que nos está a fazer a campanha e ele já disse que o projecto futuro do PS passa pelo apoio a um homem de direita para a Presidência da República, mas em troca ele tem que nos apoiar agora para ganharmos as legislativas..." Sim senhor pensei eu, belo carapau que me calhou no prato. Então mas o que é que o meu amigo acha do Sócrates para Primeiro Ministro. resposta: "bem se quer que lhe diga, não acho nada, até acho que ele nem perfil tem para esse posto, mas é o que temos". Pois, é que realmente não lhe podemos apontar obra até aos dias de hoje e isso é capaz de o prejudicar. resposta: "pois é, o problema é esse e aqui entre nós isto das sondagens foi comprado, sabe como é...politica", porque para mim o meu candidato não era ele, esse vaidoso que só quer é flashes, para mim o candidato devia ser o Carrilho, esse sim é integro, mas olhe já nada podemos fazer, mas uma coisa lhe digo, ganhamos na mesma porque o Santana o que quer é gajas".
Ora bem, ao ouvir isto da boca de um socialista, disse para mim mesmo: "Está tudo dito".
LS
janeiro 28, 2005
FREITAS DO AMARAL
O professor está igual a si próprio. Na minha modesta opinião, mantem o discurso centrista dos primeiros anos do CDS. Estão enganados os que lhe encontram desvios esquerdistas. O que acontece, isso sim, é que o discurso da "esquerda" que ele hoje defende, não é mais nem menos do que o discurso da direita que ele sempre defendeu.
Freitas não mudou. O PS é que deu uma grande cambalhota! E disse. JC |
janeiro 27, 2005
Desejos de um velho e acabado
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, desvalorizou hoje o facto de Freitas do Amaral ter anunciado o seu desejo de que o Partido Socialista obtenha uma maioria absoluta nas eleições legislativas, lembrando que o antigo líder democrata-cristão já se enganou em 2002, quando desejou uma maioria absoluta do PSD.
Este Freitas do Amaral não é concerteza o mesmo que teve na fundação do CDS que defendia com unhas e dentes as politicas de direita. Este homem faz hoje parte do núcleo que eu digo foi causador da actual situação politica, do qual fazem parte: Freitas do Amaral, Mários Soares e Cavaco Silva. Este é o trio da desgraça, ou melhor o trio desgraçado. Na primeira semana de Dezembro de 2004, Mário Soares escreve um artigo demolidor contra o Governo, na segunda semana de Dezembro aparece Cavaco a arrasar e na ultima semana aparece Freitas a conspirar. Estamos a entrar em Fevereiro, altura das eleições e a ordem vai ser ao contrário. Primeiro aparece este profeta da desgraça hoje na visão, a seguir vai aparecer Cavaco no expresso e em cima das eleições aparecerá Mário. O país deve o seu estado actual a estes três velhos e acabados.
LS
janeiro 26, 2005
Vamos ter debate
Frente-a-frente a 3 de Fevereiro.
O frente-a-frente televisivo entre Santana Lopes e José Sócrates vai realizar-se a 3 de Fevereiro com transmissão no canal 2 da RTP e na SIC. A informação foi avançada pelo Clube dos Jornalistas.
O frente-a-frente televisivo entre Santana Lopes e José Sócrates vai realizar-se a 3 de Fevereiro com transmissão no canal 2 da RTP e na SIC. A informação foi avançada pelo Clube dos Jornalistas.
LS
Dulce Ferreira, a idiota do ano
A estupidez de alguns ao máximo! Na SIC Notícias deu uma reportagem onde entrevistaram portugueses que partiram depois da tragédia para a Tailândia, mantendo as férias marcadas como antes de tudo acontecer. Dulce Ferreira respondeu que já tinha as férias marcadas, que não tinha ficado nada preocupada com o que tinha acontecido, porque os pais, que lá estavam, tinham enviado uma msg a dizer que tinha havido "uns tsunamis e umas coisas", mas estavam bem. Quando a jornalista lhe pergunta se estava triste com toda a situação Dulce Ferreira respondeu "sim, claro, agora já não vou ter todas as condições de férias que iria ter se por acaso não tivesse acontecido nada disto. por outro lado, estou contente, porque vejo as coisas mais ao natural, como elas são." Aqui segue a fotografia da inteligente do ano 2004. Meu comentário, tentando manter o nível intelectual desta turista acidental (sim, porque um acidente nunca vem só!!): Será que vou ainda ter algumas condições de férias?? Não estará tudo um bocadinho estragado, com cadáveres a boiar e assim??? IRRA!!!
enviado por G. Fonseca
LS
janeiro 23, 2005
Choques?
Nova terapia...
A chamada terapia do choque!
Choque fiscal de Durão Barroso.
Choque tecnológico de José Sócrates.
Choque de gestão de Santana Lopes.
É só escolher e aproveite por estar-mos em campanha. Prometemos estabilidade, justiça, segurança, educação e saúde com a terapia do choque.Não e não!É produto genuinamente português e nunca foi testado por qualquer país, mas uma coisa garantimos não ficará arrependido!...Uma delas já foi testada por Durão Barroso, mas o seu inventor acabou por fugir, perdendo-se os seus resultados. Ainda há quem espere por uma manhã de nevoeiro, que diz a lenda, um dia aparecerá. Aproveite agora, que esta campanha está renhida e a concorrência é feroz.
É só escolher qual a terapia que mais lhe agrada. Não se arrependerá....
Ag
A chamada terapia do choque!
Choque fiscal de Durão Barroso.
Choque tecnológico de José Sócrates.
Choque de gestão de Santana Lopes.
É só escolher e aproveite por estar-mos em campanha. Prometemos estabilidade, justiça, segurança, educação e saúde com a terapia do choque.Não e não!É produto genuinamente português e nunca foi testado por qualquer país, mas uma coisa garantimos não ficará arrependido!...Uma delas já foi testada por Durão Barroso, mas o seu inventor acabou por fugir, perdendo-se os seus resultados. Ainda há quem espere por uma manhã de nevoeiro, que diz a lenda, um dia aparecerá. Aproveite agora, que esta campanha está renhida e a concorrência é feroz.
É só escolher qual a terapia que mais lhe agrada. Não se arrependerá....
Ag
Candidatos a Primeiro Ministro, têm blogs
Blog dos candidatos
Mais um trunfo que os candidatos vão usar para as legislativas.
é que isto dos blogs afinal afecta-os e faz júz àquela frase antiga "se não podes com eles junta-te a eles".
Um reparo: Porque é que o blog de Sócrates é o único que não permite comentários?
LS
janeiro 21, 2005
Será que nos entendemos?
David Justino, ex-Ministro de Educação e principal responsável pelo atraso do início do ano escolar e também principal responsável pela colocação de professores, que deu origem ao descalabro que a Comunicação Social tanto tem dado relevo. Vi nos ecrãs das TVs que o ex-Ministro da Educação fez a apresentação do seu livro “No Silêncio Somos Todos Iguais” em que ele demonstra que não são as turmas mais reduzidas as que têm melhores resultados. Uma das afirmações que consta no seu livro é que entre “1995 e 2004, aumentou o número de professores por aluno, sem que se tenham realizado progressos notáveis ao nível do ensino”, só que o Sr. Ex-ministro que está a fazer o levantamento com certa ligeireza e até está de uma certa forma a culpabilizar os professores, ao dizer que mais professores e menos alunos por turma nada tem a ver com melhor sucesso e melhores aprendizagens. O que o Sr. Ex-Ministro não se lembra ou não quer recordar é que, o aumento de professores e a diminuição de alunos por turma (em alguns casos) não foi por opção pedagógica do Ministério da Educação, mas pela integração nas turmas de alunos com deficiências graves, o que leva a um aumento de professores especializados e a um ratio mais favorável como se compreende. Não podemos considerar que houve um aumento de professores por aluno, mas sim houve um aumento significativo de professores e outros (professores, psicólogos, auxiliares) para ter em conta estes casos. O trabalho de um professor por ter menos alunos por turma não diminuiu, porque a sua missão de ensinar, modificou-se e passou a contar com uma heterogeneidade de alunos como passou a ter em conta estes alunos que são diferentes e também têm que ter uma atenção redobrada. Quando o Sr. ex-Ministro diz que menos alunos por turma não é significativo de melhores aprendizagens está a desvirtuar esse estudo, porque não está a levar em linha de conta este aumento de alunos com necessidades educativas especiais.
Fiquei um pouco surpreendido por estas conclusões do ex-Ministro da Educação quando todos os estudos indicam o contrário, mas por outro lado, até acho normal numa pessoa que fez as asneiras que fez na colocação de professores, que ainda não foi responsabilizado e também que ainda não pediu desculpa aos milhares de professores que prejudicou, que venha com uma teoria destas que mais parece só para publicitar o seu livro.
Fiquei um pouco surpreendido por estas conclusões do ex-Ministro da Educação quando todos os estudos indicam o contrário, mas por outro lado, até acho normal numa pessoa que fez as asneiras que fez na colocação de professores, que ainda não foi responsabilizado e também que ainda não pediu desculpa aos milhares de professores que prejudicou, que venha com uma teoria destas que mais parece só para publicitar o seu livro.
Ag
janeiro 20, 2005
O Príncipe e a BBC
Dois escândalos mediáticos sacudiram nestes dias a opinião pública britânica. As fotos do Príncipe Harry numa festa privada disfarçado de oficial do Afrika Korps, com a suástica nazi na manga, causaram agitação na classe política, críticas na imprensa e tumultos nos grupos judeus. Nesses mesmos dias, a decisão da cadeia pública de televisão, BBC, de emitir o musical “Jerry Springer – The Opera”, com piadas de mau gosto em relação a Jesus Cristo e uma linguagem obscena, provocaram uma inundação de críticas de grupos cristãos, manifestações de ruas em frente à sede da BBC e milhares de queixas por escrito.
Mas os protagonistas de ambos os casos reagiram de modo bem distinto. O Príncipe Harry desculpou-se através de uma nota pública. A BBC afirmou que manteria a emissão do musical sem “censuras”, ainda que reconheça que “ultrapassa os limites” e que não será do agrado de alguns.
Os comentários da imprensa perante os protestos dos grupos ofendidos foram também díspares. Os editores rivalizaram na dureza nas suas críticas contra o Príncipe Harry, de 20 anos, fustigando a sua falta de juízo e a ligeireza intolerável que o levaram a actuar como o “idiota com pior gosto do país” (The Times). As reacções em relação à BBC foram muito mais ligeiras, sem que tenha faltado os que defendem a emissão do musical em nome da liberdade de expressão por muito que incomode “grupos extremistas cristãos”. Neste caso, parece que o perigo provém não do que causa ofensa mas sim do que se sente ofendido.
Este duplo padrão não responde à diferente entidade de ambos os casos. O Príncipe disfarçou-se para uma festa privada, sem pretender que a sua “originalidade” transcendesse o público; a BBC transforma numa emissão pública, financiada por todos os espectadores, um musical, que até agora só se tinha apresentado numa sala de teatro para quem pretendesse pagar bilhete. A BBC tira relevo ao assunto aduzindo o carácter humorístico e satírico do musical; mas quase ninguém desculpa o Príncipe por se tratar apenas de uma “infantilidade” numa festa de disfarces.
Ao Príncipe recrimina-se que não tenha em conta as odiosas conotações da suástica, com um acto que “demonstra insensibilidade para com as vítimas dos nazis”, tanto judeus como soldados britânicos. Por outro lado, as burlas para com um judeu crucificado admitem-se para que a liberdade de expressão não seja vítima dos extremistas.
Mas não se trata apenas de problema de insensibilidade. Com uma ponta de exagero, diz-se que o disfarce nazi do Príncipe pode dar asas a alguns grupos anti semitas e radicais que ainda perduram no mundo de hoje. Mas, para justificar a emissão da BBC, alude-se ao facto de que uma cadeia pública deve reflectir “toda a sociedade” e levar a uma ampla audiência o que até agora estava confinado a salas de teatro.
Todo o mundo compreende que o disfarce de Harry ofendeu a comunidade judaica; no caso do musical da BBC, a questão muda de figura: segundo Terry Anderson, porta-voz da National Secular Society, “os espectadores têm direito a ver e quem se ofende tem igual direito a apagar o televisor”. Do mesmo modo, poderia dizer que os leitores do Sun têm direito a ver as fotos de Harry e os que se sintam incomodados podem não o comprar.
Para a próxima festa de disfarces o Príncipe deve ter um critério bem mais claro: é melhor que se vista de Herodes.
CT
Mas os protagonistas de ambos os casos reagiram de modo bem distinto. O Príncipe Harry desculpou-se através de uma nota pública. A BBC afirmou que manteria a emissão do musical sem “censuras”, ainda que reconheça que “ultrapassa os limites” e que não será do agrado de alguns.
Os comentários da imprensa perante os protestos dos grupos ofendidos foram também díspares. Os editores rivalizaram na dureza nas suas críticas contra o Príncipe Harry, de 20 anos, fustigando a sua falta de juízo e a ligeireza intolerável que o levaram a actuar como o “idiota com pior gosto do país” (The Times). As reacções em relação à BBC foram muito mais ligeiras, sem que tenha faltado os que defendem a emissão do musical em nome da liberdade de expressão por muito que incomode “grupos extremistas cristãos”. Neste caso, parece que o perigo provém não do que causa ofensa mas sim do que se sente ofendido.
Este duplo padrão não responde à diferente entidade de ambos os casos. O Príncipe disfarçou-se para uma festa privada, sem pretender que a sua “originalidade” transcendesse o público; a BBC transforma numa emissão pública, financiada por todos os espectadores, um musical, que até agora só se tinha apresentado numa sala de teatro para quem pretendesse pagar bilhete. A BBC tira relevo ao assunto aduzindo o carácter humorístico e satírico do musical; mas quase ninguém desculpa o Príncipe por se tratar apenas de uma “infantilidade” numa festa de disfarces.
Ao Príncipe recrimina-se que não tenha em conta as odiosas conotações da suástica, com um acto que “demonstra insensibilidade para com as vítimas dos nazis”, tanto judeus como soldados britânicos. Por outro lado, as burlas para com um judeu crucificado admitem-se para que a liberdade de expressão não seja vítima dos extremistas.
Mas não se trata apenas de problema de insensibilidade. Com uma ponta de exagero, diz-se que o disfarce nazi do Príncipe pode dar asas a alguns grupos anti semitas e radicais que ainda perduram no mundo de hoje. Mas, para justificar a emissão da BBC, alude-se ao facto de que uma cadeia pública deve reflectir “toda a sociedade” e levar a uma ampla audiência o que até agora estava confinado a salas de teatro.
Todo o mundo compreende que o disfarce de Harry ofendeu a comunidade judaica; no caso do musical da BBC, a questão muda de figura: segundo Terry Anderson, porta-voz da National Secular Society, “os espectadores têm direito a ver e quem se ofende tem igual direito a apagar o televisor”. Do mesmo modo, poderia dizer que os leitores do Sun têm direito a ver as fotos de Harry e os que se sintam incomodados podem não o comprar.
Para a próxima festa de disfarces o Príncipe deve ter um critério bem mais claro: é melhor que se vista de Herodes.
CT
janeiro 19, 2005
Falta de chuva está a matar em Portugal
No Alentejo a nível de ovinos estão a morrer cerca de 40 cabeças por dia. A nível de bovinos morrem cerca de 7 cabeças por dia. Isto desde de Novembro. Desde Setembro que não chove e o Verão também foi muito agressivo, por isso os agricultores estão sem forragens nem pastagens.
Meus amigos/as isto sim é grave e não há homem no mundo que tenha uma solução para este problema...
LS
Mais uma calinada de "Tartaruga" Soares
Mário já que conheces bem quais os politicos que estão a liderar os municipios de forma corrupta, não te fiques em palavras e parte para a acção, denuncia-os em prol do povo e do Estado da Nação. É que já há tantos anos a aturar as tuas "atordoadas" e uma vez que já estás reformado da vida politica não tenhas medo e abre o jogo já que te dizes defensor do país.
Fico à espera, Mário.
LS
janeiro 18, 2005
E porque não a poligamia?
Alguns dizem: “Quem se opõe ao casamento entre homossexuais são dogmáticos e intolerantes. Pois ninguém é obrigado a contrai-lo; apenas se lhe exige que respeitem o direito de quem é diferente”.
Aparentemente, trata-se de liberais, mas o seu liberalismo mostra um certo retrocesso. Retrocedem diante das consequências lógicas dos seus argumentos, algo que se pode comprovar mediante a sua atitude proibicionista para com a poligamia. Se o critério fundamental é o arbítrio das pessoas, sempre que não prejudiquem outras, não consigo entender porque razão se opõem à poligamia livremente aceite por adultos. Na realidade, não se trata de um caso de estudo de laboratório… que o digam os mórmones e muitos dos muçulmanos.
Para evitar a consequência natural dos seus argumentos invocam, em vão, a igualdade, concretamente a da mulher. Mas é evidente o uso tendencioso e impositivo do conceito de igualdade. Por um lado, invoca-se este argumento para equiparar o que é essencialmente distinto: a união matrimonial heterossexual que tende para a procriação e as uniões afectivas homossexuais, impedidas pela sua própria natureza de toda a procriação. Por outro lado, invoca-se a igualdade entre o homem e a mulher, para impô-la a quem – homens e mulheres – se quer diferenciar.
Se o que se trata é de tolerar todas as concepções de família, só em nome da ideologia ou do paternalismo se podem excluir as relações polígamas como formas matrimoniais. O argumento deveria levar logicamente à mesma conclusão: quem é contrário à poligamia que não a contraia, mas que tolerem que os seus partidários a pratiquem. Ninguém deve impor a nenhum adulto as suas próprias convicções.
Existe alguém dotado de uma sabedoria superior que lhe permite impor aos outros o que é bom ou mau para eles? Não nos encontramos nós perante um acto de imposição das próprias convicções a quem não nos prejudica pelas suas práticas livremente assumidas?
CT
Aparentemente, trata-se de liberais, mas o seu liberalismo mostra um certo retrocesso. Retrocedem diante das consequências lógicas dos seus argumentos, algo que se pode comprovar mediante a sua atitude proibicionista para com a poligamia. Se o critério fundamental é o arbítrio das pessoas, sempre que não prejudiquem outras, não consigo entender porque razão se opõem à poligamia livremente aceite por adultos. Na realidade, não se trata de um caso de estudo de laboratório… que o digam os mórmones e muitos dos muçulmanos.
Para evitar a consequência natural dos seus argumentos invocam, em vão, a igualdade, concretamente a da mulher. Mas é evidente o uso tendencioso e impositivo do conceito de igualdade. Por um lado, invoca-se este argumento para equiparar o que é essencialmente distinto: a união matrimonial heterossexual que tende para a procriação e as uniões afectivas homossexuais, impedidas pela sua própria natureza de toda a procriação. Por outro lado, invoca-se a igualdade entre o homem e a mulher, para impô-la a quem – homens e mulheres – se quer diferenciar.
Se o que se trata é de tolerar todas as concepções de família, só em nome da ideologia ou do paternalismo se podem excluir as relações polígamas como formas matrimoniais. O argumento deveria levar logicamente à mesma conclusão: quem é contrário à poligamia que não a contraia, mas que tolerem que os seus partidários a pratiquem. Ninguém deve impor a nenhum adulto as suas próprias convicções.
Existe alguém dotado de uma sabedoria superior que lhe permite impor aos outros o que é bom ou mau para eles? Não nos encontramos nós perante um acto de imposição das próprias convicções a quem não nos prejudica pelas suas práticas livremente assumidas?
CT
Cebolinha estará louco?
O Presidente da República, Jorge Sampaio, com a sua visita à China serviu para beneficiar a deslocalização de empresas portuguesas para o mercado chinês. O Chefe de Estado, que se encontra em Macau, última etapa da sua deslocação oficial à China, foi confrontado com acusações de sindicatos portugueses de que estaria, com as suas visitas oficiais, a promover a deslocalização da produção têxtil portuguesa para mercados muito mais competitivos pelos seus baixos salários, como é o mercado da China. Em vez de ajudar ele está a contribuir para a fuga dos 100 empresários que levou com ele à nossa custa e de outros que lhes vão seguir os passos.
LS
janeiro 17, 2005
Trapalhadas e trapalhices!..
Afinal quem fala verdade! Será difícil de verificar e muito mais quando todos os partidos através dos seus lideres se atacam, dizendo que o outro não sabe o que diz ou está a faltar à verdade. Costuma-se dizer que só é político quem faz da mentira uma verdade. Os dados confirmam-no. Depois da célebre visita do Morais Sarmento a S. Tomé e de todas as peripécias à volta dessa viagem, em que Álvaro Barreto dizia que não sabia de nada e depois já sabia de tudo. Temos agora, Santana Lopes a acusar José Sócrates e, Jorge Coelho retribuindo acusando Santana Lopes com Paulo Portas à mistura, por causa das medidas anunciadas esta semana por José Sócrates se o PS for governo:
- José Sócrates, anuncia ataque cerrado à evasão fiscal e como pode beneficiar 300.000 pessoas que vivem no limiar da pobreza;
- Santana Lopes, acusa José Sócrates de “Contradições” por este anunciar medidas a que tinha votado contra, quando da discussão e aprovação do Orçamento de Estado;
- Jorge Coelho, sai em defesa de José Sócrates e chama de “Trapalhadas” a Santana Lopes;
- Paulo Portas, diz que os seus ministros (PP), foram os que deram estabilidade ao governo com medidas correctas ao qual o PSD não gostou e retorquiu;
- Paulo Portas, diz ainda que José Sócrates gostava era de governar com as medidas tomadas pelo actual governo.
Será que é com estas atitudes que os políticos acreditam que serão credibilizados aos olhos do povo português?
Ag
- José Sócrates, anuncia ataque cerrado à evasão fiscal e como pode beneficiar 300.000 pessoas que vivem no limiar da pobreza;
- Santana Lopes, acusa José Sócrates de “Contradições” por este anunciar medidas a que tinha votado contra, quando da discussão e aprovação do Orçamento de Estado;
- Jorge Coelho, sai em defesa de José Sócrates e chama de “Trapalhadas” a Santana Lopes;
- Paulo Portas, diz que os seus ministros (PP), foram os que deram estabilidade ao governo com medidas correctas ao qual o PSD não gostou e retorquiu;
- Paulo Portas, diz ainda que José Sócrates gostava era de governar com as medidas tomadas pelo actual governo.
Será que é com estas atitudes que os políticos acreditam que serão credibilizados aos olhos do povo português?
Ag
janeiro 16, 2005
Esperanto, o que é?
Hoje trago-vos à discussão um pequeno texto de Miguel Boieiro sobre o Esperanto, esperando que seja o suficiente para vos despertar para esta forma de expressão que embora ainda pouco conhecida, é considerada por muitos como tendo um grande potencial para se transformar na linguagem internacional do futuro:
«O Esperanto é uma língua formada através das estruturas gramaticais e fonéticas dos principais grupos linguísticos nacionais. Contém um conjunto de regras muito simples e intuitivas, ao contrário do que acontece com outros idiomas. É, por isso, uma língua incomparavelmente mais fácil de aprender do que qualquer outra.
O Esperanto constitui um instrumento privilegiado para fomentar a comunicação e amizade entre cidadãos de diversas nacionalidades porque é uma língua neutra. Para além disso, é extremamente flexível e adaptável. A formação de novas palavras a partir de radicais próprios, é de uma facilidade surpreendente.
Quando definhar o actual império que faz com que o inglês seja considerado, hoje, a língua internacional, a Humanidade terá de encontrar uma língua que, sem diminuir os idiomas nacionais, se configure como língua de todos e não de nenhum povo em particular - a língua da amizade e não da dominação – o ESPERANTO.»
Para mais informações, consultem o site da Associação Portuguesa de Esperanto. ET
«O Esperanto é uma língua formada através das estruturas gramaticais e fonéticas dos principais grupos linguísticos nacionais. Contém um conjunto de regras muito simples e intuitivas, ao contrário do que acontece com outros idiomas. É, por isso, uma língua incomparavelmente mais fácil de aprender do que qualquer outra.
O Esperanto constitui um instrumento privilegiado para fomentar a comunicação e amizade entre cidadãos de diversas nacionalidades porque é uma língua neutra. Para além disso, é extremamente flexível e adaptável. A formação de novas palavras a partir de radicais próprios, é de uma facilidade surpreendente.
Quando definhar o actual império que faz com que o inglês seja considerado, hoje, a língua internacional, a Humanidade terá de encontrar uma língua que, sem diminuir os idiomas nacionais, se configure como língua de todos e não de nenhum povo em particular - a língua da amizade e não da dominação – o ESPERANTO.»
Para mais informações, consultem o site da Associação Portuguesa de Esperanto. ET
janeiro 15, 2005
Assim vai a sondagem
Num total até agora de 29 votos apuram-se os seguintes resultados:
Em Fevereiro vai votar em quem?
PSD
45%
PS
21%
45%
PS
21%
CDS/PP
0%
0%
PCP
0%
0%
BE
10%
OUTRO
0%
NÃO VOU VOTAR
24%
10%
OUTRO
0%
NÃO VOU VOTAR
24%
janeiro 14, 2005
Uma onda de solidariedade perante o tsunami que não é fácil de gerir
Jean-Hervé Bradol, presidente dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), declarou no “Le Monde” (6-01-05) que as somas recolhidas seriam destinadas à ajuda às vítimas do tsunami e exclusivamente para esse fim. De modo que os 40 milhões de euros seriam suficientes “tendo em conta a capacidade operativa dos MSF e da situação sobre o terreno, onde havia um grande número de operadores”, com uma chegada massiva de meios militares e civis. Os MSF querem garantir a quem contribuiu que “utilizarão bem o dinheiro e que se destinará exclusivamente para o que foi dado”.
Outras Organizações Não Governamentais (ONG) criticaram a decisão dos MSF por temerem que esta posição levasse as pessoas a acreditarem que as outras organizações não necessitariam de mais dinheiro. Também se disse que os donativos poderiam sempre ser usados para a reconstrução das zonas afectadas. Mas Bradol sublinha que uma coisa é a ajuda de emergência e outra a reconstrução. “A reconstrução de uma região, de um país depende da ajuda pública para o desenvolvimento. É uma competência dos outros Estados, do Banco Mundial, do G-8. Se pedirmos aos particulares, que já financiaram isso com os seus impostos, que os façam com os seus donativos, há que dizê-lo claramente”.
A tomada de posição dos MSF foi apoiada por outros especialistas, como Sylvie Brunel, ex-presidente da Acção Contra a Fome: “O presidente dos MSF recorda que o trabalho que há a efectuar sobre o terreno está condicionado por um lado pela capacidade operativa real das ONG e, por outro, pelos limites físicos das infra estruturas que levam a que parte da ajuda internacional se acumule nos portos e nos aeroportos sem poder ser distribuída. Por isso não faz mais que recordar uma verdade ditada pela experiência”.
Brunel adverte que, com a experiência de casos anteriores, demasiada ajuda sobre uma região danificada conduz a um “triplo risco – o desperdício, o desvio de fundos e o esquecimento das populações e dos territórios menos acessíveis, menos visíveis, de menor interesse político”.
O maremoto não vencerá a economia
Não podemos pensar tão pouco que a recuperação das zonas afectadas dependa somente da ajuda exterior. Bradol afirma que nas catástrofes naturais as populações afectadas não se mostram derrotadas e incapazes de reagir; a maioria das pessoas em perigo imediato é salva por vizinhos e parentes antes da ajuda vinda do estrangeiro; assim como não seja verdade que nessas catástrofes os cadáveres transmitam epidemias.
Na ocasião da catástrofe natural que teve lugar também em 2004 no Haiti, a delegação regional da Organização Mundial da Saúde na América manifestou-se contra os enterros em valas comuns e à cremação sem identificação. Esta prática cria mais angústia: “a impossibilidade de velar um parente próximo, a persistente dúvida sobre os desaparecidos e que o cônjuge sobrevivente ou os filhos fiquem num género de “limbo” legal, pode favorecer a aparição de problemas mentais relacionados com o desastre e com o difícil processo de reabilitação”. Em geral, “o risco de epidemias provocadas pelos cadáveres é mínimo. Os cadáveres colocam menos problemas de contágio que uma pessoa viva que esteja infectada”.
Perante as terríveis imagens dos danos materiais e a perda de mais de 150.000 vidas humanas dá a impressão de que a zona tenha desaparecido pela destruição. Mas, afortunadamente, as primeiras avaliações prevêem que o impacto económico do maremoto seja menor do que inicialmente estava previsto. Os analistas prevêem que o prejuízo económico do maremoto seja menor que o que sofreu a região na altura da gripe das “aves”, em 2003.
Os dois sectores mais afectados serão sobretudo a pesca e o turismo. A pesca não tem grande importância na economia da região, ainda que seja necessário ajudar as populações que vivem dela. O turismo tem maior peso económico, ainda que não esteja ao mesmo nível em todos os países afectados. Na Indonésia representa 2% do PIB e as zonas de maior afluência turística, como Bali e Lombok, não foram afectadas. Mais prejudicado será o turismo na Tailândia, onde se supõe que represente 6% do PIB com a agravante de o tsunami ter surgido precisamente no começo da época alta.
As economias mais afectadas serão as do Sri Lanka e das Ilhas Maldivas. No Sri Lanka, a pesca e o turismo representam menos de 6% do PIB, mas o turismo é a principal fonte de receitas. Nas Maldivas mais de metade das receitas e 2/3 da população activa dependem do turismo.
Mas por outro lado, a iniciativa de um alargamento do prazo do pagamento da dívida externa destes países pode supor um alívio. A dívida externa pública mais importante é a da Indonésia (130.000 milhões de dólares) e tem muito peso sobre as finanças do país. Depois de beneficiar de uma reestruturação da dívida com o Clube de Paris nos anos anteriores, em 2005 a Indonésia teria que fazer uma devolução importante de 3.000 milhões de dólares.
CT
Outras Organizações Não Governamentais (ONG) criticaram a decisão dos MSF por temerem que esta posição levasse as pessoas a acreditarem que as outras organizações não necessitariam de mais dinheiro. Também se disse que os donativos poderiam sempre ser usados para a reconstrução das zonas afectadas. Mas Bradol sublinha que uma coisa é a ajuda de emergência e outra a reconstrução. “A reconstrução de uma região, de um país depende da ajuda pública para o desenvolvimento. É uma competência dos outros Estados, do Banco Mundial, do G-8. Se pedirmos aos particulares, que já financiaram isso com os seus impostos, que os façam com os seus donativos, há que dizê-lo claramente”.
A tomada de posição dos MSF foi apoiada por outros especialistas, como Sylvie Brunel, ex-presidente da Acção Contra a Fome: “O presidente dos MSF recorda que o trabalho que há a efectuar sobre o terreno está condicionado por um lado pela capacidade operativa real das ONG e, por outro, pelos limites físicos das infra estruturas que levam a que parte da ajuda internacional se acumule nos portos e nos aeroportos sem poder ser distribuída. Por isso não faz mais que recordar uma verdade ditada pela experiência”.
Brunel adverte que, com a experiência de casos anteriores, demasiada ajuda sobre uma região danificada conduz a um “triplo risco – o desperdício, o desvio de fundos e o esquecimento das populações e dos territórios menos acessíveis, menos visíveis, de menor interesse político”.
O maremoto não vencerá a economia
Não podemos pensar tão pouco que a recuperação das zonas afectadas dependa somente da ajuda exterior. Bradol afirma que nas catástrofes naturais as populações afectadas não se mostram derrotadas e incapazes de reagir; a maioria das pessoas em perigo imediato é salva por vizinhos e parentes antes da ajuda vinda do estrangeiro; assim como não seja verdade que nessas catástrofes os cadáveres transmitam epidemias.
Na ocasião da catástrofe natural que teve lugar também em 2004 no Haiti, a delegação regional da Organização Mundial da Saúde na América manifestou-se contra os enterros em valas comuns e à cremação sem identificação. Esta prática cria mais angústia: “a impossibilidade de velar um parente próximo, a persistente dúvida sobre os desaparecidos e que o cônjuge sobrevivente ou os filhos fiquem num género de “limbo” legal, pode favorecer a aparição de problemas mentais relacionados com o desastre e com o difícil processo de reabilitação”. Em geral, “o risco de epidemias provocadas pelos cadáveres é mínimo. Os cadáveres colocam menos problemas de contágio que uma pessoa viva que esteja infectada”.
Perante as terríveis imagens dos danos materiais e a perda de mais de 150.000 vidas humanas dá a impressão de que a zona tenha desaparecido pela destruição. Mas, afortunadamente, as primeiras avaliações prevêem que o impacto económico do maremoto seja menor do que inicialmente estava previsto. Os analistas prevêem que o prejuízo económico do maremoto seja menor que o que sofreu a região na altura da gripe das “aves”, em 2003.
Os dois sectores mais afectados serão sobretudo a pesca e o turismo. A pesca não tem grande importância na economia da região, ainda que seja necessário ajudar as populações que vivem dela. O turismo tem maior peso económico, ainda que não esteja ao mesmo nível em todos os países afectados. Na Indonésia representa 2% do PIB e as zonas de maior afluência turística, como Bali e Lombok, não foram afectadas. Mais prejudicado será o turismo na Tailândia, onde se supõe que represente 6% do PIB com a agravante de o tsunami ter surgido precisamente no começo da época alta.
As economias mais afectadas serão as do Sri Lanka e das Ilhas Maldivas. No Sri Lanka, a pesca e o turismo representam menos de 6% do PIB, mas o turismo é a principal fonte de receitas. Nas Maldivas mais de metade das receitas e 2/3 da população activa dependem do turismo.
Mas por outro lado, a iniciativa de um alargamento do prazo do pagamento da dívida externa destes países pode supor um alívio. A dívida externa pública mais importante é a da Indonésia (130.000 milhões de dólares) e tem muito peso sobre as finanças do país. Depois de beneficiar de uma reestruturação da dívida com o Clube de Paris nos anos anteriores, em 2005 a Indonésia teria que fazer uma devolução importante de 3.000 milhões de dólares.
CT
janeiro 13, 2005
Tribunal Mundial sobre o Iraque
Tribunal Mundial sobre o Iraque
(World Tribunal on Iraq)
Audiência Portuguesa
(World Tribunal on Iraq)
Audiência Portuguesa
Reunida no passado dia 6 de Janeiro, a Comissão organizadora do TMI-AP aprovou o texto da ACUSAÇÃO portuguesa, cuja proposta de decisão será apresentada na sessão nacional a realizar no dia 20 de Março de 2005, para levar à sessão final internacional que ocorrerá em Istambul durante o mês de Junho, e que a seguir se transcreve:
«Propõe-se que a Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque decida:
1 – Condenar os governos dos EUA e da Grã-Bretanha pela invasão e subsequente ocupação do Iraque, contra a vontade do povo iraquiano e o direito internacional;
2 – Condenar os governos dos EUA e da Grã-Bretanha pela utilização de uma estratégia de condução da guerra que não só não poupou como parece ter privilegiado como alvo as populações civis, através de ataques aéreos a zonas residenciais, mercados, hospitais e outros edifícios civis, e ainda pela utilização de armas de elevada danosidade, como as bombas de fragmentação e as munições de urânio empobrecido.
3 – Condenar a administração dos EUA pelas torturas e tratamentos cruéis e degradantes infligidos sistematicamente aos seus prisioneiros.
4 – Condenar a administração dos EUA pelo saque e pilhagem do património cultural iraquiano que se seguiu à queda do regime de Saddam Hussein.
5 – Condenar a administração dos EUA pela apropriação dos recursos naturais do Iraque, designadamente a sua riqueza petrolífera; pelo desfalque de fundos iraquianos em benefício próprio; pela atribuição de «indemnizações de guerra» e de contratos de favor a pretexto da «reconstrução»; e pela subversão da estrutura produtiva do país no propósito de dominar por longo prazo a economia iraquiana.
6 – Condenar o Governo português presidido por J.M. Durão Barroso pela colaboração na preparação da guerra, traduzida nos seguintes actos:
a) Apoio diplomático e político à política dos beligerantes;
b) Cedência da base das Lajes para realização da «cimeira da guerra»;
c) Participação nessa cimeira;
d) Cedência da base das Lajes para apoio ao trânsito de pessoal e equipamento militar para o teatro de guerra.
7 – Condenar o Governo português presidido por J.M. Durão Barroso pela comparticipação na ocupação do Iraque, traduzida nos seguintes actos:
a) Nomeação de um representante do Governo português junto da «Autoridade»;
b) Envio de uma força da GNR para o Iraque, em missão de cooperação com as forças militares ocupantes.
8 – Condenar o Governo português presidido por P. Santana Lopes pelo prolongamento da missão da GNR no Iraque.
9 – Apelar às instituições internacionais para que os crimes cometidos pelos agressores sejam punidos em conformidade com as leis internacionais;
10 – Exigir a saída de todas as forças ocupantes do Iraque, como condição prévia e indispensável para que o povo iraquiano possa exercer a sua soberania, bem como a restituição das riquezas ilicitamente apropriadas e a indemnização pelos danos causados na estrutura económica e patrimonial do país;
11 – Exigir aos órgãos do Estado português a devida autocrítica perante o povo português, desrespeitado na sua oposição à invasão do Iraque e a quem o Governo tentou enganar quanto aos verdadeiros objectivos da invasão;
12 – Exigir ao Governo português a retirada imediata da força da GNR estacionada no Iraque e o fim da utilização da base das Lajes para fins de manutenção da ocupação do Iraque pelos EUA;
13 – Exigir ao Governo português que desenvolva todos os esforços políticos e diplomáticos para a reposição da legalidade no Iraque, a começar pela retirada dos ocupantes;
14 – Reconhecer ao povo iraquiano o direito de resistir à ocupação pela força das armas, exercendo assim o direito à insurreição que o direito internacional e a Constituição portuguesa consagram, e de escolher as soluções políticas adequadas para a recuperação da soberania e a institucionalização de um regime legitimado pelo povo iraquiano e reconhecido pela comunidade internacional.» ET
Para conhecer o texto integral clique AQUI.
«Propõe-se que a Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque decida:
1 – Condenar os governos dos EUA e da Grã-Bretanha pela invasão e subsequente ocupação do Iraque, contra a vontade do povo iraquiano e o direito internacional;
2 – Condenar os governos dos EUA e da Grã-Bretanha pela utilização de uma estratégia de condução da guerra que não só não poupou como parece ter privilegiado como alvo as populações civis, através de ataques aéreos a zonas residenciais, mercados, hospitais e outros edifícios civis, e ainda pela utilização de armas de elevada danosidade, como as bombas de fragmentação e as munições de urânio empobrecido.
3 – Condenar a administração dos EUA pelas torturas e tratamentos cruéis e degradantes infligidos sistematicamente aos seus prisioneiros.
4 – Condenar a administração dos EUA pelo saque e pilhagem do património cultural iraquiano que se seguiu à queda do regime de Saddam Hussein.
5 – Condenar a administração dos EUA pela apropriação dos recursos naturais do Iraque, designadamente a sua riqueza petrolífera; pelo desfalque de fundos iraquianos em benefício próprio; pela atribuição de «indemnizações de guerra» e de contratos de favor a pretexto da «reconstrução»; e pela subversão da estrutura produtiva do país no propósito de dominar por longo prazo a economia iraquiana.
6 – Condenar o Governo português presidido por J.M. Durão Barroso pela colaboração na preparação da guerra, traduzida nos seguintes actos:
a) Apoio diplomático e político à política dos beligerantes;
b) Cedência da base das Lajes para realização da «cimeira da guerra»;
c) Participação nessa cimeira;
d) Cedência da base das Lajes para apoio ao trânsito de pessoal e equipamento militar para o teatro de guerra.
7 – Condenar o Governo português presidido por J.M. Durão Barroso pela comparticipação na ocupação do Iraque, traduzida nos seguintes actos:
a) Nomeação de um representante do Governo português junto da «Autoridade»;
b) Envio de uma força da GNR para o Iraque, em missão de cooperação com as forças militares ocupantes.
8 – Condenar o Governo português presidido por P. Santana Lopes pelo prolongamento da missão da GNR no Iraque.
9 – Apelar às instituições internacionais para que os crimes cometidos pelos agressores sejam punidos em conformidade com as leis internacionais;
10 – Exigir a saída de todas as forças ocupantes do Iraque, como condição prévia e indispensável para que o povo iraquiano possa exercer a sua soberania, bem como a restituição das riquezas ilicitamente apropriadas e a indemnização pelos danos causados na estrutura económica e patrimonial do país;
11 – Exigir aos órgãos do Estado português a devida autocrítica perante o povo português, desrespeitado na sua oposição à invasão do Iraque e a quem o Governo tentou enganar quanto aos verdadeiros objectivos da invasão;
12 – Exigir ao Governo português a retirada imediata da força da GNR estacionada no Iraque e o fim da utilização da base das Lajes para fins de manutenção da ocupação do Iraque pelos EUA;
13 – Exigir ao Governo português que desenvolva todos os esforços políticos e diplomáticos para a reposição da legalidade no Iraque, a começar pela retirada dos ocupantes;
14 – Reconhecer ao povo iraquiano o direito de resistir à ocupação pela força das armas, exercendo assim o direito à insurreição que o direito internacional e a Constituição portuguesa consagram, e de escolher as soluções políticas adequadas para a recuperação da soberania e a institucionalização de um regime legitimado pelo povo iraquiano e reconhecido pela comunidade internacional.» ET
Para conhecer o texto integral clique AQUI.
Dance Presidente que os tempos são de folia
Enquanto o país à imagem de toda a Europa, atravessa uma crise sem precedentes e os desgraçados dos "tugas" têm de dar no duro para ganhar o pão, o Sr. Presidente anda a dançar lá para os lados da China.
Assim se vê a diferença entre ricos e pobres.
LS
Assim se vê a diferença entre ricos e pobres.
LS
janeiro 12, 2005
Hospitais SA%
José Sócrates diz que vai repensar e abrir uma das famosas “comissões de averiguação” à forma como são geridos os Hospitais - Empresa. O Ministro da Saúde diz que isto não passa de campanha eleitoral. Ao menos alguém põe em causa os Hospitais-Empresa que na minha opinião, serviu os interesses financeiros de certos grupos na sua aquisição mais ligados ao poder e deixou de servir os interesses públicos e de quem mais necessitava deles ou seja, os mais necessitados.
José Sócrates levanta o véu e põe em causa os Hospitais – Empresa que o actual Ministro da Saúde tanto elogia e que o governo apesar de fazer parcerias com os privados, continuou a impingir dinheiros públicos. Os gastos foram ainda mais elevados do que se estivessem na posse do estado, tendo estes cada vez menos servido os que mais necessitavam dos cuidados de saúde. Apetece perguntar, então, como é? Mais dinheiro público menos serviço público!
Um dos pilares básicos de qualquer sociedade democrática é a saúde e o seu bem-estar e defender que um hospital deve ser gerido como uma empresa é no mínimo duvidoso. Uma empresa tem como objectivo principal o lucro e se um hospital for gerido dessa forma, o que podemos esperar? Se não tivermos a memória curta, basta recordar as peripécias do Hospital Amadora/Sintra (gestão privada) com as contas apresentadas, as denúncias feitas pelos doentes e os estudos de opinião sobre o funcionamento do hospital. Isto num Hospital que com toda a pompa se disse que era um modelo a seguir, fará o que se passará nos outros por esse país fora.
Depois destas experiências de parcerias com o privado, em que o estado continua a ser o principal investidor, parece-me que a opinião pública não é favorável e neste caso o estado só tem dois modelos a seguir:
- Assume completamente o controle dos Hospitais e investe para servir uma camada da população cada vez mais necessitada ou;
- Deixa a completa liberdade aos privados no controle dos hospitais e assim servir aqueles que o podem pagar.
O meio-termo na saúde parece-me que não tem hipóteses de singrar, porque as responsabilidades são atiradas de um lado para o outro conforme os ventos e a culpa acaba por morrer solteira.
Quem não tem razões de queixa?
Ag
José Sócrates levanta o véu e põe em causa os Hospitais – Empresa que o actual Ministro da Saúde tanto elogia e que o governo apesar de fazer parcerias com os privados, continuou a impingir dinheiros públicos. Os gastos foram ainda mais elevados do que se estivessem na posse do estado, tendo estes cada vez menos servido os que mais necessitavam dos cuidados de saúde. Apetece perguntar, então, como é? Mais dinheiro público menos serviço público!
Um dos pilares básicos de qualquer sociedade democrática é a saúde e o seu bem-estar e defender que um hospital deve ser gerido como uma empresa é no mínimo duvidoso. Uma empresa tem como objectivo principal o lucro e se um hospital for gerido dessa forma, o que podemos esperar? Se não tivermos a memória curta, basta recordar as peripécias do Hospital Amadora/Sintra (gestão privada) com as contas apresentadas, as denúncias feitas pelos doentes e os estudos de opinião sobre o funcionamento do hospital. Isto num Hospital que com toda a pompa se disse que era um modelo a seguir, fará o que se passará nos outros por esse país fora.
Depois destas experiências de parcerias com o privado, em que o estado continua a ser o principal investidor, parece-me que a opinião pública não é favorável e neste caso o estado só tem dois modelos a seguir:
- Assume completamente o controle dos Hospitais e investe para servir uma camada da população cada vez mais necessitada ou;
- Deixa a completa liberdade aos privados no controle dos hospitais e assim servir aqueles que o podem pagar.
O meio-termo na saúde parece-me que não tem hipóteses de singrar, porque as responsabilidades são atiradas de um lado para o outro conforme os ventos e a culpa acaba por morrer solteira.
Quem não tem razões de queixa?
Ag
janeiro 11, 2005
O que fazer com o Distrito?
No início do seu segundo mandato como Presidente da República, Jorge Sampaio considerou-a imprescindível para o desenvolvimento da democracia. A ANMP exige-a. A ANAFRE reclama-a. Com mais ou menos destaque, todos os partidos políticos a elegem como uma prioridade. Os programa dos sucessivos Governos classificam-na como fundamental. É ela a DESCENTRALIZAÇÃO! O rosto de uma profunda mudança no desenho dos limites geográficos internos do país, que uns dizem ser o bastante, e outros clamam que deve ir até à autonomia prevista na Constituição com a criação das regiões administrativas.
Com tanta gente a dar-lhe importância, esperava-se que a reforma territorial da nossa Administração Pública fosse, finalmente, implementada... sem tabus e de uma forma estruturada. Mas a «revolução tranquila» prometida pelo XV Governo ficou muito aquém das promessas eleitoralistas do PSD. As medidas descentralizadoras consubstanciadas, nomeadamente, nas Leis 10 e 11/2003, de 13 de Maio, mais do que unir (como pomposamente se apregoava em oposição às consequências da regionalização), têm dividido os autarcas e esqueceram que, enquanto o Distrito se mantiver como divisão administrativa, há que incluir a questão das Assembleias Distritais na agenda política, e ter a coragem de assumir uma posição concreta, e urgente, sobre o seu enquadramento futuro.
Porque estas entidades existem! E mesmo que alguns autarcas as classifiquem como “órgãos inúteis”, o certo é que são várias as que desenvolvem actividades de méritos reconhecidos, em particular na área sócio-cultural, como sejam: as Colónias Balneares na Areia Branca e na Nazaré, das Assembleias Distritais de Castelo Branco e de Santarém; o Museu Rainha D. Leonor, da Assembleia Distrital de Beja; o Museu Regional do Algarve, da Assembleia Distrital de Faro; o Museu de Arqueologia e Etnografia, da Assembleia Distrital de Setúbal, e os Serviços de Cultura (Biblioteca Pública, Sector Editorial e Núcleo de Investigação Arqueológica) da Assembleia Distrital de Lisboa.
O «novo modelo de governação» prometido pelo XV Governo e continuado pelo fátuo XVI Governo, assentava, em termos de administração territorial, em reformas que tinham a descentralização como «pano de fundo», mas ficou-se apenas por decisões legislativas ao nível do reforço das atribuições e competências das Associações de Municípios, da criação de novas Áreas Metropolitanas e da transferência de parte das competências dos Governos Civis para o plano municipal. Medidas estas que, além de contribuírem para desfragmentar ainda mais o já de si pouco ordenado recorte geográfico da nossa administração pública (desde os órgãos desconcentrados do Estado que adoptam áreas de intervenção diversificadas, aos distritos, concelhos e freguesias, ou às unidades para fins estatísticos – as NUTS, existem dezenas de divisões administrativas do país que se sobrepõem, mostrando um país confuso, com um figurino territorial interno completamente desorganizado), denunciam uma despreocupação total pelos interesses reais das populações na medida em que o carácter avulso, não coordenado, sem visão de conjunto e não integrativo de soluções anteriores, acaba por ter custos económicos, além de sociais e culturais, que serão os contribuintes a suportar.
Evidente se torna, também, a falta de vontade política de todos os partidos com assento parlamentar, em extinguir, efectivamente, a controversa figura do Distrito, mesmo aqueles que se dizem acérrimos defensores dessa opção, na medida em que evitam passar à prática as suas «teorias de gabinete», não fossem elas acabar por ser aprovadas, o que seria muito inconveniente sobretudo enquanto se mantiver a actual lei eleitoral, cuja base de organização é distrital. E ao omitirem o caso das Assembleias Distritais na discussão das matérias referentes à descentralização, agindo como se elas já tivessem sido extintas, demonstram uma total falta de ética, por isso, enquanto o Decreto-Lei n.º 5/91, de 8 de Janeiro se mantiver em vigor, e o texto constitucional não for alterado, o mínimo que se exige ao Governo e aos edis municipais, tal como o Estado exige aos cidadãos em geral, é o cumprimento da legislação, e o respeito pelos trabalhadores afectos aos Serviços que estão adstritos àquelas entidades, porque a difícil situação em que se encontram estas estruturas é, apenas, o reflexo do ostracismo a que os políticos (de todos os partidos – deputados, governantes e autarcas) as têm condenado e não o resultado do comportamento dos seus funcionários os quais têm sido, aliás, os únicos a pugnar pelo esclarecimento integral da situação.
Resumindo, para resolver o impasse em que se encontram as Assembleias Distritais há que ter noção de quais são, efectivamente, as limitações que condicionam a apresentação de resultados, porque só percebendo o que se passa é possível ultrapassar os obstáculos e ir em frente. Pelas consequências materiais (recursos financeiros escassos) e humanas (incentivos profissionais inexistentes) que lhes estão associadas podemos, então, identificar três tipos de factores:
Legais – progressivo esvaziamento funcional das assembleias distritais, nomeadamente a partir de 1987, e a manutenção de um regime jurídico transitório e desfasado da situação real (Decreto-Lei n.º 5/91, de 8 de Janeiro);
Económicos – dependência orçamental de uma única fonte de receita (as transferências municipais), o que origina frequentes problemas de liquidez de tesouraria quando as Câmaras não procedem ao pagamento atempado das suas contribuições;
Políticos – dificuldades em reunir o órgão deliberativo, devido ao crescente desinteresse dos autarcas pelo funcionamento dos Serviços, em particular após a implementação do novo modelo de organização territorial (Leis n.os 10 e 11/2003, de 13 de Maio).
Que se faça, pois, a «revolução», assuma ela a expressão defendida pelos adeptos da REGIONALIZAÇÃO, entre os quais a autora deste texto se inclui, ou que se fique pela forma mais simples da DESCENTRALIZAÇÃO, que necessita de muitos e vastos acertos de pormenor, mas que ela seja, efectivamente, «tranquila» e, sobretudo, que o próximo Governo encontre uma forma rápida (mas não superficial), equilibrada e justa, de o fazer... para que, mais uma vez, não sejam os trabalhadores das Assembleias Distritais, além de ignorados e esquecidos, a suportar os custos da incongruência legislativa. ET
Com tanta gente a dar-lhe importância, esperava-se que a reforma territorial da nossa Administração Pública fosse, finalmente, implementada... sem tabus e de uma forma estruturada. Mas a «revolução tranquila» prometida pelo XV Governo ficou muito aquém das promessas eleitoralistas do PSD. As medidas descentralizadoras consubstanciadas, nomeadamente, nas Leis 10 e 11/2003, de 13 de Maio, mais do que unir (como pomposamente se apregoava em oposição às consequências da regionalização), têm dividido os autarcas e esqueceram que, enquanto o Distrito se mantiver como divisão administrativa, há que incluir a questão das Assembleias Distritais na agenda política, e ter a coragem de assumir uma posição concreta, e urgente, sobre o seu enquadramento futuro.
Porque estas entidades existem! E mesmo que alguns autarcas as classifiquem como “órgãos inúteis”, o certo é que são várias as que desenvolvem actividades de méritos reconhecidos, em particular na área sócio-cultural, como sejam: as Colónias Balneares na Areia Branca e na Nazaré, das Assembleias Distritais de Castelo Branco e de Santarém; o Museu Rainha D. Leonor, da Assembleia Distrital de Beja; o Museu Regional do Algarve, da Assembleia Distrital de Faro; o Museu de Arqueologia e Etnografia, da Assembleia Distrital de Setúbal, e os Serviços de Cultura (Biblioteca Pública, Sector Editorial e Núcleo de Investigação Arqueológica) da Assembleia Distrital de Lisboa.
O «novo modelo de governação» prometido pelo XV Governo e continuado pelo fátuo XVI Governo, assentava, em termos de administração territorial, em reformas que tinham a descentralização como «pano de fundo», mas ficou-se apenas por decisões legislativas ao nível do reforço das atribuições e competências das Associações de Municípios, da criação de novas Áreas Metropolitanas e da transferência de parte das competências dos Governos Civis para o plano municipal. Medidas estas que, além de contribuírem para desfragmentar ainda mais o já de si pouco ordenado recorte geográfico da nossa administração pública (desde os órgãos desconcentrados do Estado que adoptam áreas de intervenção diversificadas, aos distritos, concelhos e freguesias, ou às unidades para fins estatísticos – as NUTS, existem dezenas de divisões administrativas do país que se sobrepõem, mostrando um país confuso, com um figurino territorial interno completamente desorganizado), denunciam uma despreocupação total pelos interesses reais das populações na medida em que o carácter avulso, não coordenado, sem visão de conjunto e não integrativo de soluções anteriores, acaba por ter custos económicos, além de sociais e culturais, que serão os contribuintes a suportar.
Evidente se torna, também, a falta de vontade política de todos os partidos com assento parlamentar, em extinguir, efectivamente, a controversa figura do Distrito, mesmo aqueles que se dizem acérrimos defensores dessa opção, na medida em que evitam passar à prática as suas «teorias de gabinete», não fossem elas acabar por ser aprovadas, o que seria muito inconveniente sobretudo enquanto se mantiver a actual lei eleitoral, cuja base de organização é distrital. E ao omitirem o caso das Assembleias Distritais na discussão das matérias referentes à descentralização, agindo como se elas já tivessem sido extintas, demonstram uma total falta de ética, por isso, enquanto o Decreto-Lei n.º 5/91, de 8 de Janeiro se mantiver em vigor, e o texto constitucional não for alterado, o mínimo que se exige ao Governo e aos edis municipais, tal como o Estado exige aos cidadãos em geral, é o cumprimento da legislação, e o respeito pelos trabalhadores afectos aos Serviços que estão adstritos àquelas entidades, porque a difícil situação em que se encontram estas estruturas é, apenas, o reflexo do ostracismo a que os políticos (de todos os partidos – deputados, governantes e autarcas) as têm condenado e não o resultado do comportamento dos seus funcionários os quais têm sido, aliás, os únicos a pugnar pelo esclarecimento integral da situação.
Resumindo, para resolver o impasse em que se encontram as Assembleias Distritais há que ter noção de quais são, efectivamente, as limitações que condicionam a apresentação de resultados, porque só percebendo o que se passa é possível ultrapassar os obstáculos e ir em frente. Pelas consequências materiais (recursos financeiros escassos) e humanas (incentivos profissionais inexistentes) que lhes estão associadas podemos, então, identificar três tipos de factores:
Legais – progressivo esvaziamento funcional das assembleias distritais, nomeadamente a partir de 1987, e a manutenção de um regime jurídico transitório e desfasado da situação real (Decreto-Lei n.º 5/91, de 8 de Janeiro);
Económicos – dependência orçamental de uma única fonte de receita (as transferências municipais), o que origina frequentes problemas de liquidez de tesouraria quando as Câmaras não procedem ao pagamento atempado das suas contribuições;
Políticos – dificuldades em reunir o órgão deliberativo, devido ao crescente desinteresse dos autarcas pelo funcionamento dos Serviços, em particular após a implementação do novo modelo de organização territorial (Leis n.os 10 e 11/2003, de 13 de Maio).
Que se faça, pois, a «revolução», assuma ela a expressão defendida pelos adeptos da REGIONALIZAÇÃO, entre os quais a autora deste texto se inclui, ou que se fique pela forma mais simples da DESCENTRALIZAÇÃO, que necessita de muitos e vastos acertos de pormenor, mas que ela seja, efectivamente, «tranquila» e, sobretudo, que o próximo Governo encontre uma forma rápida (mas não superficial), equilibrada e justa, de o fazer... para que, mais uma vez, não sejam os trabalhadores das Assembleias Distritais, além de ignorados e esquecidos, a suportar os custos da incongruência legislativa. ET
janeiro 10, 2005
Deleites Pensamentos em versão Inglesa
Para ler o blog Deleites Pensamentos em Inglês, basta Clicar aqui e de futuro no canto superior da sondagem onde se encontra o link devidamente identificado.
A partir de hoje já podem dizer aos vossos amigos que participam no Delights Thoughts.
LS
A partir de hoje já podem dizer aos vossos amigos que participam no Delights Thoughts.
LS
janeiro 08, 2005
Quem pede ditaduras é ditador
janeiro 07, 2005
Virão melhorias?
Embora subtilmente, já se ouve dos actuais dirigentes socialistas a velha lenga-lenga da pesada herança com que vão ficar se ganharem as eleições.
É verdade que o espólio deixado pelos governos desta maioria de direita, já com três anos de vida, se salda num verdadeiro desastre tanto politica como social e que foi materializado no feroz ataque e destruição dos grandes sistemas que a constituição portuguesa saída de Abril nos deixou. Foram sectores como a saúde, segurança social, legislação laboral e sistema de justiça que aos poucos e sempre em nome de reformas estruturais, esta maioria, foi destruindo os pilares que os suportavam.
É evidente que assim um modo de fazer politica, dizendo que o mal já vem de trás, leva a que o cidadão se afaste cada vez mais dos seus deveres democráticos e da política em geral. Para quê escolher se vai ser sempre o mesmo; cada vez mais insegurança, mais desemprego, mais miséria, menos saúde, menos justiça social, menos esperança…
Vem aí novas eleições, infelizmente com alguns meses de atraso e depois da destruição de infra-estruturas que levaram décadas a construir, não poderão servir para que o novo governo escolhido venha a prosseguir uma politica que, de uma forma diferente, mas na realidade vem a fazer o mesmo, ou seja, operar a mesma destruição que esta maioria pôs em prática.
É preciso mudar de politica e ganhar a confiança dos cidadãos e isso só se consegue construindo uma sociedade de segurança e justiça social.
Ag
É verdade que o espólio deixado pelos governos desta maioria de direita, já com três anos de vida, se salda num verdadeiro desastre tanto politica como social e que foi materializado no feroz ataque e destruição dos grandes sistemas que a constituição portuguesa saída de Abril nos deixou. Foram sectores como a saúde, segurança social, legislação laboral e sistema de justiça que aos poucos e sempre em nome de reformas estruturais, esta maioria, foi destruindo os pilares que os suportavam.
É evidente que assim um modo de fazer politica, dizendo que o mal já vem de trás, leva a que o cidadão se afaste cada vez mais dos seus deveres democráticos e da política em geral. Para quê escolher se vai ser sempre o mesmo; cada vez mais insegurança, mais desemprego, mais miséria, menos saúde, menos justiça social, menos esperança…
Vem aí novas eleições, infelizmente com alguns meses de atraso e depois da destruição de infra-estruturas que levaram décadas a construir, não poderão servir para que o novo governo escolhido venha a prosseguir uma politica que, de uma forma diferente, mas na realidade vem a fazer o mesmo, ou seja, operar a mesma destruição que esta maioria pôs em prática.
É preciso mudar de politica e ganhar a confiança dos cidadãos e isso só se consegue construindo uma sociedade de segurança e justiça social.
Ag
janeiro 05, 2005
Espaço reservado a José Sócrates
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* Este espaço reservo-o a José Sócrates para de uma vez por todas, antes que seja tarde, nos explicar a nós e ao país quais os seus 10 grandes desafios se for eleito primeiro ministro, é que até agora nada disse.
LS
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* Este espaço reservo-o a José Sócrates para de uma vez por todas, antes que seja tarde, nos explicar a nós e ao país quais os seus 10 grandes desafios se for eleito primeiro ministro, é que até agora nada disse.
LS
janeiro 04, 2005
Antecipámos as eleições
Caros amigos, leitores e eleitores. O DP decidiu antecipar as eleições colocando à vossa disposição um questionário onde poderão e deverão colocar a vossa cruz. Aqui os votos já são feitos de forma automática, não sendo para o efeito necessário o já vulgar e antiquado voto de caneta.
janeiro 03, 2005
M.E. e as conclusões?
Vi no rodapé do jornal da noite da SIC, que o Ministério da Educação vai criar um grupo de trabalho para acompanhar e apoiar as escolas pior classificadas nos exames nacionais do 12º ano.
Pois é o que os nossos governantes sabem fazer melhor, criar comissões que lhes chamam grupos de trabalho para tudo e no fundo para nada porque os resultados dessas comissões nunca ninguém sabe, pelo menos a quem mais interessaria, que é o povo.
Vem isto a propósito do 1º dia de aulas do 2º período que começa hoje (3 de Janeiro) e logo me fez lembrar a comissão de investigação nomeada pelo governo para averiguar a responsabilidade da incompetência na colocação de professores. Dizia a Ministra da Educação na altura que era uma prioridade do seu ministério apurar as responsabilidades e para isso, foi nomeada a tal comissão de investigação.
Passados quatro a cinco meses sobre essa malfadada colocação de professores, digo, malfadada, porque se atropelaram os direitos de muitíssimos professores que ainda hoje sentem na pele a incompetência de alguém, e apesar de todas as promessas dos nossos governantes, onde estão as conclusões da comissão de investigação? Já não é prioridade de ninguém saber de quem é a responsabilidade?
Pois novos concursos de professores estão para breve e quem sabe os mesmos erros vão ser cometidos… Depois cria-se nova comissão e o ciclo repete-se.
Pois é o que os nossos governantes sabem fazer melhor, criar comissões que lhes chamam grupos de trabalho para tudo e no fundo para nada porque os resultados dessas comissões nunca ninguém sabe, pelo menos a quem mais interessaria, que é o povo.
Vem isto a propósito do 1º dia de aulas do 2º período que começa hoje (3 de Janeiro) e logo me fez lembrar a comissão de investigação nomeada pelo governo para averiguar a responsabilidade da incompetência na colocação de professores. Dizia a Ministra da Educação na altura que era uma prioridade do seu ministério apurar as responsabilidades e para isso, foi nomeada a tal comissão de investigação.
Passados quatro a cinco meses sobre essa malfadada colocação de professores, digo, malfadada, porque se atropelaram os direitos de muitíssimos professores que ainda hoje sentem na pele a incompetência de alguém, e apesar de todas as promessas dos nossos governantes, onde estão as conclusões da comissão de investigação? Já não é prioridade de ninguém saber de quem é a responsabilidade?
Pois novos concursos de professores estão para breve e quem sabe os mesmos erros vão ser cometidos… Depois cria-se nova comissão e o ciclo repete-se.
A culpa é que morre sempre solteira….
Ag
Ag
janeiro 02, 2005
Finalmente a perua deixou de falar para o burro
Antes de mais quero expressar a todos vós os meus votos de um excelente ano 2005. Passada que está a quadra natalicia e a entrada em ano novo, quero regozijar-me pelo fim da Quinta das celebridades, esse programa que tinha tanto de palermice como de palhaçada a começar pela apresentadora mór que tinha o dom de falar para os seus pares, ou seja, o burro e o perú. Afinal nem tudo foi mau com a mudança do ano.
LS
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