Embora subtilmente, já se ouve dos actuais dirigentes socialistas a velha lenga-lenga da pesada herança com que vão ficar se ganharem as eleições.
É verdade que o espólio deixado pelos governos desta maioria de direita, já com três anos de vida, se salda num verdadeiro desastre tanto politica como social e que foi materializado no feroz ataque e destruição dos grandes sistemas que a constituição portuguesa saída de Abril nos deixou. Foram sectores como a saúde, segurança social, legislação laboral e sistema de justiça que aos poucos e sempre em nome de reformas estruturais, esta maioria, foi destruindo os pilares que os suportavam.
É evidente que assim um modo de fazer politica, dizendo que o mal já vem de trás, leva a que o cidadão se afaste cada vez mais dos seus deveres democráticos e da política em geral. Para quê escolher se vai ser sempre o mesmo; cada vez mais insegurança, mais desemprego, mais miséria, menos saúde, menos justiça social, menos esperança…
Vem aí novas eleições, infelizmente com alguns meses de atraso e depois da destruição de infra-estruturas que levaram décadas a construir, não poderão servir para que o novo governo escolhido venha a prosseguir uma politica que, de uma forma diferente, mas na realidade vem a fazer o mesmo, ou seja, operar a mesma destruição que esta maioria pôs em prática.
É preciso mudar de politica e ganhar a confiança dos cidadãos e isso só se consegue construindo uma sociedade de segurança e justiça social.
Ag
É verdade que o espólio deixado pelos governos desta maioria de direita, já com três anos de vida, se salda num verdadeiro desastre tanto politica como social e que foi materializado no feroz ataque e destruição dos grandes sistemas que a constituição portuguesa saída de Abril nos deixou. Foram sectores como a saúde, segurança social, legislação laboral e sistema de justiça que aos poucos e sempre em nome de reformas estruturais, esta maioria, foi destruindo os pilares que os suportavam.
É evidente que assim um modo de fazer politica, dizendo que o mal já vem de trás, leva a que o cidadão se afaste cada vez mais dos seus deveres democráticos e da política em geral. Para quê escolher se vai ser sempre o mesmo; cada vez mais insegurança, mais desemprego, mais miséria, menos saúde, menos justiça social, menos esperança…
Vem aí novas eleições, infelizmente com alguns meses de atraso e depois da destruição de infra-estruturas que levaram décadas a construir, não poderão servir para que o novo governo escolhido venha a prosseguir uma politica que, de uma forma diferente, mas na realidade vem a fazer o mesmo, ou seja, operar a mesma destruição que esta maioria pôs em prática.
É preciso mudar de politica e ganhar a confiança dos cidadãos e isso só se consegue construindo uma sociedade de segurança e justiça social.
Ag
21 comentários:
Pois sim. Das duas uma, ou optam por um bloco central para salvaguardar a democracia, ou vem alguém dos extremos e lá se vai a menina. Porque isto só vai lá com a força. Esqueçam lá a esquerda e a direita, porque para a famigerada União o que conta é crescimento económico na média ou acima dela. E o resto... são politiquices!
Zé
As pesadas heranças... Todos dizem o mesmo. É um facto que elas vão passando e por essa ordem de ideias a culpa é dos graffiteiros de Foz Côa. Desculpas!!! Um facto é que perdem demasiado tempo a apontar erros dos anteriores e muito pouco a trabalhar. É para isso que lá estão. As criticas ficam ao nosso encargo, tal como os salários. E não posso de deixar de concordar com o Zé. Só mesmo a força. E acrescentaria: debaixo de chicote. Yulunga
E diz-me tu Zé, que democracia? Eu muito sinceramente chamava-a de rebaldaria. Acho que nem a anarquia é tão desgovernada. E a meu ver democracia é um nome bonito, mas completamente utópico. O ser humano por natureza não é democrata, a ânsia que tem de poder não o permite. Por isso ou se desiste da democracia ou muda-se-lhe o nome. Yulunga
Agostinho por muito que o meu discurso pareça um pouco ditador, não é de certeza com este tipo de politica que se consegue: "uma sociedade de segurança e justiça social.". As pessoas ouvem a palavra liberdade e adulteram-na em libertinagem. Um "macio" pulso de ferro talvez consiga alguns resultados. E chega de campanha eleitoral. Já parti o porquinho e os trocos não dão para um Outdoor. Bom fim de semana. Yulunga
Esperança, onde estás? Palavra em vias de extinção em Portugal.O País vai a saldos em Fevereiro.Os políticos vão vender a banha da cobra. Compradores: 10 milhões de tesos que normalmente se deixam enganar. Bem... 10 milhões de tesos nem tanto, teremos que fazer jus a umas centenas de endinheirados, sobretudo os que ainda fintam o fisco, ou melhor fintam os ministros do fisco ou então jogam na equipa deles...! O País já vendeu a tanga.Está nu e sem dinheiro para fraldas. Até os partidos já nem conseguem interessados para as listas de deputados...é que o cargo já não é o que era: ganham mal e trabalham muito, embora a produção, essa, como referem as estatisticas, continua muito baixa e há quem afirme, à boca baixa, que os maus exemplos vêm de cima.Eles falam, falam,falam e não dizem nada! Eu até acho que dizer, eles até dizem (embora quase sempre asneiras), mas o problema é quando fazem: normalmente fazem merda(perdoem-me a palavra, embora Portuguesa)! Que País resistirá a tão medíocres dirigentes? Os que permitem reformas chorudas para uns e reformas miseráveis para outros, os que permitem ordenados milionários para muitos e ordenados reduzidos/precários para outros, os que inventam tachos para os encartados da cor e oferecem desemprego aos milhares...POBRE PAÍS! O Pedro partiu tudo em bocados, mas vem aí o Salvador, leia-se José, calcular os Klgs de cola que serão necessários para juntar novamente os cacos.E quando tudo estiver calculado e alguns, poucos como convém, já colados (que isto dos cálculos e da colagem não é qualquer um que faz nem tão depressa como seria necessário, até porque os políticos estão mal pagos como tantas vezes lhes ouvimos), virá um qualquer Vento Suão partir tudo outra vez, que é para aparecer um novo SALVADOR. E assim se vai fazendo política em Portugal!!! ZéPovo
Se é um problema da culpa, então a culpa é da escola [uma vez mais]... de políticos. ;o)
Precisamos de uns politicos sérios e de uma politica séria.Precisamos de uma união entre todos para combater a esperança desaparecida nos escombros desta sociedade cada vez mais injusta.Precisamos é de deixar estas tricas entre os partidos e os homens e todos juntos sermos capazes de inverter estes dados de país de terceiro mundo.Temos que ser capazes.Ag
Esperemos que a fornada de politicos que vão entrar nestas eleições sejam diferentes e sintam a coisa pública como um bem para todos nós.Veremos.tó
Precisamos de dirigentes fortes. Também nos políticos há marés e agora estamos numa maré baixa, como disse o MS.
Na feitura das listas para deputados houve quem chorasse e houve quem batesse com a porta por não ser incluído. É sinal que se trata de um tacho que ainda interessa a muita gente, infelizmente a maior parte são medíocres e carreiristas.
A uns não interessa porque são bons profissionais bem pagos. Outros, cada vez mais, nem ligam à política e dizem-se apartidários porque se acham bons de mais para participarem em actividades de tão baixa reputação. A muitos falta cultura democrática e fartam-se de bradar por uma ditadura de esquerda ou de direita.Tanto faz, dizem eles. À comunicação social só interessa o sensacionalismo porque uma grande massa ignorante, embora muitas vezes com altos títulos académicos, só quer ler e ver lixo que apele às emoções mais básicas do ser humano. Rege-se pelo novo deus das audiências. Tudo isto reflecte um atraso das nossas mentalidades, que só poderá ser ultrapassado a médio e longo prazo. Porquê este desprezo tão grande pela "classe política"? Ela não é melhor nem pior que as outras classes. Os juízes, os advogados, os professores, os inspectores, os médicos,os polícias, etc., etc....é preciso lembrar os podres que frequentemente são trazidos à luz do dia envolvendo profissionais de vários ramos? Sabemos que a corrupção é generalizada dentro de certas classes profissionais. Neste país, eu é que trabalho, eu é que sou honesto, os outros não prestam. A classe política é apenas o espelho da sociedade medíocre que temos. Depois mete-se tudo no mesmo saco, pelos pecadores pagam os justos, quando um olhar mais atento verifica facilmente que existe nessa classe gente muito boa e empenhada, como também existe nas outras. Somos um povo de extremos: ou somos todos bons ou todos maus; ou somos os melhores do mundo ou os piores do mundo; tão depressa entramos em euforia como em depressão, ambas injustificadas. Se nos deixássemos de exageros e vissemos bem quais são os nossos pontos fracos e os nossos pontos fortes, já era um começo para fazermos alguma coisa.
Somos um povo com pouca vontade de arriscar, quando já fomos o contrário. Preferimos defender com unhas e dentes o pouco que temos do que arriscar para ganharmos mais. Todos nós sabemos quais são as principais doenças que estão a impedir o país de evoluir. Porque não nos pomos todos de acordo e arranjamos uma estratégia para as combater? Resolvidas essas doenças, o resto aparece com mais facilidade:
- Falta de competitividade num mundo globalizado;
- Ineficácia da administração pública;
- Desequilíbrio financeiro (o malfadado défice);
- Formação e educação inadequadas e sempre em convulsão;
- Analfabetismo de muitos patrões;
- Mentalidade tacanha;
- Inveja destruidora.
Não cabe aqui explicar como se resolve cada um desses problemas, mas há soluções para eles. Estão inter-relacionados. Se passados 30 anos do 25 de Abril, ainda pouco se fez, a explicação está no corporativismo, que já existia oficialmente no tempo da ditadura e que agora se tornou ainda mais forte disfarçado sob a capa da democracia. É o corporativismo que está a dar cabo da democracia e do país e é por isso que são necessários líderes fortes. Líderes com autoridade, não líderes autoritários.
Para finalizar, não entendo porque ainda há tanta gente a clamar por uma ditadura (acreditem que não são tão poucos como isso). Por um lado, não percebo como preferem ser carneiros em vez de cidadãos livres, com deveres e direitos; por outro, será que não vêem que as ditaduras estão normalmente em países atrasados e pobres enquanto todos os países desenvolvidos têm democracias consolidadas?
Manuel
Pesada herança uma palavra já tão desgastada e já sem significado. Luis Villas
Se ainda existem aqueles que querem a ditadura é porque não a sentiram na pele.Não percebo como ainda há mentalidades tão tacanhas.São esses mesmos que não deixam ir o país para a frente porque dizem mal de tudo o que seja relacionado com valores democráticos.Se a querem porque não vão para uma sociedade dessas que o Manuel fala,onde existe o atraso, a corrupção em grande escala,a censura (até o que dizem aqui seria proibido)a desigualdade e a escuridão.Ag
Li no Expresso de hoje o seguinte comentário de José António Lima, com o qual estou 100% de acordo:
"Nunca as listas do PSD foram, de forma tão desmedida, um misto de clubes de amigos do líder, de nulidades políticas e de pára-quedistas de toda a espécie. Helena Lopes da Costa em 3º lugar em Lisboa?! Raul dos Santos transplantado par o Porto?! Pôncio Monteiro?!Freire Antunes?! O Parlamento vai tornar-se o último e indescritível refúgio dos náufragos do santanismo."
Pois!Como o parlamennto e o governo cairam numa desacreditação aos olhos dos portugueses, agora é preciso muita coragem para fazer parte de um elenco destes. Acredito que os melhores não querem pertencer neste momento a nenhum grupo politico.Por isso nunca vamos sair da cepa torta. Seremos e continuaremos a ser pequeninos.Politicus.
Pois, houve um que nem no cartaz quis figurar...
Manuel
Tens razão Manuel!Esse não quer misturas e ele lá sabe as razões.
Ag
Continuamos de tanga e há até quem diga que passamos a estar de "fio dental", mas mesmo assim há quem se dê ao luxo de fretar um avião particular (com os dinheiros de quem?) para servir de férias para si e seus amigos.E depois dizem que os extras são pagos por eles.Será que estamos de tanga ou de fio dental?
Ag
"... será que não vêem que as ditaduras estão normalmente em países atrasados e pobres enquanto todos os países desenvolvidos têm democracias consolidadas..." Ó Manuel, por isso mesmo! Na Europa somos um país "atrasado" e "pobre". Ela está prestes a entrar.
Zé
Pois, o MS disse que se não estivessemos na UE já teria havido um golpe militar, mas também acho isso um excesso de pessimismo. Mas o problema é mesmo esse: se houver muita gente a pedir a ditadura, estão a criar as condições para que ela aconteça, embora não seja muito crível nestas condições. Mas há que estar sempre alerta, ao contrário de a pedir. Isso é que eu acho completamente condenável. Também é a mania da auto-flagelação que nos leva a dizer que estamos no 3º mundo. Eu gostava de ver as pessoas que dizem isso a viver na Etiópia. A nossa frustração vem de sermos os piores dos bons, mas apesar de tudo muito melhores que o melhor dos maus. Somos o último da primeira divisão e não o primeiro da segunda.
Aqui aprende-se um bocado de politica.Não é só dizer mal, é dizer porque se diz mal.É dialéctica ou contra argumentação.Estão de parabéns os promotores deste espaço.politicu
Cito" Somos o último da primeira divisão e não o primeiro da segunda". quem diz esta celebre frase não assinou. Ag
Fui eu.Manuel
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